Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, protagonizou, ontem, uma lamentável cena constrangedora na reabertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na hora em que discursou, ele saudou as autoridades que ladeavam o ministro Ricardo Lewandowisk, presidente do STF, mas ignorou Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.
Não foi esquecimento nem desatenção. Janot fez de propósito. Ele e Cunha têm trocado palavras ásperas desde que Janot o denunciou por recebimento de propinas.
Janot denunciou Renan Calheiros, presidente do Senado, pelo mesmo motivo. Renan responde a seis processos no STF contra três de Cunha. Mas na abertura do seu discurso, Janot saudou Renan.
Nem Renan estava ali em nome pessoal nem Cunha. Os dois representavam na cerimônia o Poder Legislativo. Nessa condição não mereciam ser afrontados. Renan não foi, mas Cunha, sim.
Janot saiu do STF menor do que havia entrado.Ricardo Noblat
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