Nas buscas e apreensões feitas na casa do operador de propinas Zwi Skornicki, no Rio, a Polícia Federal já tinha recolhido em 2014, um contrato firmado entre uma subsidiária do estaleiro Keppel Fels, a Fernvale, e a offshore Deep Sea Oil, por serviços no Brasil de intermediação de contratos com a Sete Brasil – empresa criada para fornecer sondas de perfuração marítima para a Petrobrás. Os contratos bilionários teriam envolvido o acerto de 1% de propina, segundo apura a Operação Lava Jato.
A Deep Sea Oil, empresa criada pelo operador de propinas nas Ilhas Virgens Britânicas, é um dos focos principais da força-tarefa na Operação Acarajé. A offshore de Zwi repassou entre 2012 e 2014 um total de US$ 4,5 milhões para a conta secreta do marqueteiro do PT João Santana e de sua mulher e sócia, Mônica Moura, em nome da Shellbill Finance. Os dois estão presos em Curitiba, alvos da 23ª fase da Lava Jato.
O contrato de “Marketing Consulting and Services Agreement” é de dezembro de 2011. com a Fernvale Pte. Ltd., com sede em Cingapura, e a Deep Sea Oil Corp. O documento informa que os serviços de assessoria seria referente a oportunidades de negócios com a Sete Brasil Participações S.A. Para a construção de seis navios-sonda, para exploração de petróleo.
A Sete Brasil foi criada em 2011 pela Petrobrás, com recursos de três fundos de pensão federais (Petrus, Previ e Funcef) e bancos privados BTG Pactual, Bradesco e Santander. O primeiro projeto foi a contratação de estaleiros para construção e fornecimento de 28 navios-sondas para a Petrobrás, em especial para uso na exploração dos campos do pré-sal. Um contrato de US$ 22 bilhões.
Três ex-executivos da Sete Brasil e da Petrobrás – Pedro Barusco, Eduardo Musa e o ex-presidente da empresa José Carlos Ferraz – confessaram que os cinco estaleiros contratados, entre eles o BrasFels – da Keppel Fels – pagaram propina para agentes públicos e políticos, dentro do esquema alvo da Petrobrás. Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobrás, responsável pela arredação da propina na Diretoria de Serviços – que era cota do PT -, e depois executivo da Sete Brasil, foi o primeiro a apontar as propinas. Segundo ele, o acerto foi de 1% nos bilionários contratos, sendo dois terços para o partido. O ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto teria sido o responsável por essa arredação.
São pelo menos três desses pagamentos, que totalizam US$ 1,5 milhão, feitos entre julho e novembro de 2014 – período da disputa eleitoral.
Santana e a mulher Mônica Moura negaram que os recebimentos na Shellbill oriundos da offshore Deep Sea Oil , do operador de propinas da Keppel Fels, tivesse relação com serviços prestados no Brasil e com a Petrobrás. Segundo o casal de marqueteiros do PT, o valor teria sido por serviços prestados na campanha presidencial em Angola, onde receberam US$ 50 milhões, dos quais US$ 20 milhões por meio de um contrato de gaveta.
Mônica afirmou que se reuniu com Zwi Skornicki em seu escritório no Brasil, para acertar o pagamentos dos US$ 4,5 milhões via conta da Shellbill, após ser indicado por membros da campanha angolana.
Santana e a mulher Mônica Moura negaram que os recebimentos na Shellbill oriundos da offshore Deep Sea Oil , do operador de propinas da Keppel Fels, tivesse relação com serviços prestados no Brasil e com a Petrobrás. Segundo o casal de marqueteiros do PT, o valor teria sido por serviços prestados na campanha presidencial em Angola, onde receberam US$ 50 milhões, dos quais US$ 20 milhões por meio de um contrato de gaveta.
Mônica afirmou que se reuniu com Zwi Skornicki em seu escritório no Brasil, para acertar o pagamentos dos US$ 4,5 milhões via conta da Shellbill, após ser indicado por membros da campanha angolana.
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