Superávit primário — as contas do governo central fecharam no azul em janeiro após oito meses. No setor público, o saldo ficou em R$ 27,9 bi. Um pagamento de bônus de concessões de hidrelétricas, de R$ 11 bi, ajudou no resultado. Mas em 12 meses, o saldo ainda é negativo. O setor público tem déficit primário de R$ 104,4 bi, ou 1,75% do PIB, recuo de 0,08 ponto no mês. O rombo nominal em um ano subiu 0,48 ponto para 10,82% do PIB. A dívida bruta piorou e chegou a 67% do PIB.
Rebaixamento — a dinâmica fiscal e da dívida foi citada pela Moody´s para justificar a retirada do grau de investimento do país. Era a única das três grandes agências internacionais que mantinha o selo de qualidade do Brasil. A Moody´s rebaixou a nota brasileira em dois degraus de uma só vez e ainda deixou a perspectiva negativa. Novos rebaixamentos podem vir. A agência falou também do baixo crescimento e do ambiente político, que dificulta a tomada de soluções. Mas as idéias apresentadas pelo governo são frágeis. A reforma de Previdência e a criação de um teto para os gastos ainda são intenções.
Renegociação de dívidas — em entrevista, o ministro da Fazenda reconheceu que a renegociação das dívidas dos estados com a União deve aumentar o déficit fiscal neste e nos próximos anos. O buraco pode chegar a R$ 36 bi. A intenção do governo é reduzir as parcelas pagas pelos entes da federação. Ainda nesta semana, começou a circular a ideia de que os estados entreguem participações em suas estatais para diminuir o rombo para a União.
Pré-sal — o Senado aprovou a mudança nas regras de exploração do pré-sal. Pelo projeto do senador José Serra (PSDB-SP), a Petrobras deixa de ter a obrigação de participar com o mínimo de 30% em todos os blocos e passa a ter preferência. Endividada e descapitalizada, a empresa não conseguia assumir mais obrigações de investimento, pelo contrário. No fim das discussões, o governo apoiou o projeto da oposição. A mudança deve acelerar o desenvolvimento da exploração de petróleo, com o lançamento de novos leilões. Estudo estima que as novas regras devem atrair investimentos de R$ 420 bilhões.
Desemprego — nas seis maiores capitais, a taxa subiu para 7,6% em janeiro. A massa salarial caiu 10,4% em um ano.
Inflação — o IGP-M, muito usado no reajuste de alugueis, subiu para 1,29% em fevereiro e acumula alta de 12% em 12 meses. O IPCA-15 de fevereiro foi a 1,42%, pior que a mais pessimista das projeções, mas deve fechar o mês em torno de 1%. É alto, mas um pouco abaixo do 1,22% registrado no mesmo período de 2015.
Publicitário preso — foi preso o marqueteiro do PT João Santana, junto com sua esposa, por ter, de acordo com a Lava-Jato, recebido dinheiro do esquema de propinas na Petrobras. Pelas relações dele com o governo, a prisão provocou muita apreensão em Brasília. O publicitário admitiu ter conta não declarada no exterior, mas disse não saber a origem dos recursos. Os US$ 4,5 mi recebidos por ele seriam para pagar serviços prestados ao PT; Santana nega e diz que foram pagamentos por campanhas em outros países.
André Gerdau — o presidente de um dos maiores grupos privados nacionais foi levado para depor pela Operação Zelotes sob a suspeita de propina para reduzir a multa no CARF, o conselho no qual contribuintes recorrem em casos de multas tributárias.
PT x Dilma — a presidente e o PT estão cada vez mais distantes. Dilma ainda não confirmou presença na festa de aniversário do partido, que completa 36 anos. O governo apoiou no Senado o projeto de mudança no pré-sal, que é atacado pelo PT. O partido monta um programa econômico alternativo em que sugere o uso das reservas cambiais para financiar a infraestrutura. Nelson Barbosa, de Pequim, já disse que é contra.
Energia vai cair no dia 1º de abril — O governo anunciou que, como choveu mais e os reservatórios estao mais cheios, a sobretaxa será zerada. Mas veja bem: apenas a sobretaxa, a bandeira tarifária, será cortada. A tarifa, que deu um salto, permanecerá alta e será reajustada na data prevista em cada concessionária.
Prejuízos da Vale — a mineradora anunciou um prejuízo de R$ 44 bilhões pelo preço baixo do minério de ferro e queda da demanda, mas não incluiu nada de provisão contra os prejuizos que certamente terá com o desastre de Mariana.
Bons ventos — em entrevista que fiz esta semana na GloboNews, duas boas notícias: o crescimento do setor de novas energias, e a recuperação do setor de têxtil.
Ouça o resumo da semana feito na CBN.
Rebaixamento — a dinâmica fiscal e da dívida foi citada pela Moody´s para justificar a retirada do grau de investimento do país. Era a única das três grandes agências internacionais que mantinha o selo de qualidade do Brasil. A Moody´s rebaixou a nota brasileira em dois degraus de uma só vez e ainda deixou a perspectiva negativa. Novos rebaixamentos podem vir. A agência falou também do baixo crescimento e do ambiente político, que dificulta a tomada de soluções. Mas as idéias apresentadas pelo governo são frágeis. A reforma de Previdência e a criação de um teto para os gastos ainda são intenções.
Renegociação de dívidas — em entrevista, o ministro da Fazenda reconheceu que a renegociação das dívidas dos estados com a União deve aumentar o déficit fiscal neste e nos próximos anos. O buraco pode chegar a R$ 36 bi. A intenção do governo é reduzir as parcelas pagas pelos entes da federação. Ainda nesta semana, começou a circular a ideia de que os estados entreguem participações em suas estatais para diminuir o rombo para a União.
Pré-sal — o Senado aprovou a mudança nas regras de exploração do pré-sal. Pelo projeto do senador José Serra (PSDB-SP), a Petrobras deixa de ter a obrigação de participar com o mínimo de 30% em todos os blocos e passa a ter preferência. Endividada e descapitalizada, a empresa não conseguia assumir mais obrigações de investimento, pelo contrário. No fim das discussões, o governo apoiou o projeto da oposição. A mudança deve acelerar o desenvolvimento da exploração de petróleo, com o lançamento de novos leilões. Estudo estima que as novas regras devem atrair investimentos de R$ 420 bilhões.
Desemprego — nas seis maiores capitais, a taxa subiu para 7,6% em janeiro. A massa salarial caiu 10,4% em um ano.
Inflação — o IGP-M, muito usado no reajuste de alugueis, subiu para 1,29% em fevereiro e acumula alta de 12% em 12 meses. O IPCA-15 de fevereiro foi a 1,42%, pior que a mais pessimista das projeções, mas deve fechar o mês em torno de 1%. É alto, mas um pouco abaixo do 1,22% registrado no mesmo período de 2015.
Publicitário preso — foi preso o marqueteiro do PT João Santana, junto com sua esposa, por ter, de acordo com a Lava-Jato, recebido dinheiro do esquema de propinas na Petrobras. Pelas relações dele com o governo, a prisão provocou muita apreensão em Brasília. O publicitário admitiu ter conta não declarada no exterior, mas disse não saber a origem dos recursos. Os US$ 4,5 mi recebidos por ele seriam para pagar serviços prestados ao PT; Santana nega e diz que foram pagamentos por campanhas em outros países.
André Gerdau — o presidente de um dos maiores grupos privados nacionais foi levado para depor pela Operação Zelotes sob a suspeita de propina para reduzir a multa no CARF, o conselho no qual contribuintes recorrem em casos de multas tributárias.
PT x Dilma — a presidente e o PT estão cada vez mais distantes. Dilma ainda não confirmou presença na festa de aniversário do partido, que completa 36 anos. O governo apoiou no Senado o projeto de mudança no pré-sal, que é atacado pelo PT. O partido monta um programa econômico alternativo em que sugere o uso das reservas cambiais para financiar a infraestrutura. Nelson Barbosa, de Pequim, já disse que é contra.
Energia vai cair no dia 1º de abril — O governo anunciou que, como choveu mais e os reservatórios estao mais cheios, a sobretaxa será zerada. Mas veja bem: apenas a sobretaxa, a bandeira tarifária, será cortada. A tarifa, que deu um salto, permanecerá alta e será reajustada na data prevista em cada concessionária.
Prejuízos da Vale — a mineradora anunciou um prejuízo de R$ 44 bilhões pelo preço baixo do minério de ferro e queda da demanda, mas não incluiu nada de provisão contra os prejuizos que certamente terá com o desastre de Mariana.
Bons ventos — em entrevista que fiz esta semana na GloboNews, duas boas notícias: o crescimento do setor de novas energias, e a recuperação do setor de têxtil.
Ouça o resumo da semana feito na CBN.
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