"Neste sentido que a Lava Jato nos mostra as instituições funcionando, nos traz um sopro de esperança, de republicanismo, de igualdade, de funcionamento das instituições e nos mostra que o Brasil pode sim dar certo. Gerou uma energia tal que os brasileiros por duas vezes, em duas pesquisas, indicaram à corrupção como o maior problema do Brasil.O procurador participou de um evento do Ministério Público que anunciou ter superado a meta de 1,5 milhão de assinaturas para envio aoCongresso de um projeto de lei de iniciativa popular com 10 pontos de combate à corrupção. O evento em São Paulo marcou a entrega de 125 mil assinaturas do estado ao MPF, chegando à marca de 1.565.604 assinaturas no país.
O procurador se posicionou sobre a Lava Jato quando questionado sobre se acreditaria que o Congresso daria prosseguimento ao andamento do projeto de lei contra a corrupção, já que tanto os presidentes da Câmara quanto o do Senado estão sendo investigados pelo MP.O evento teve a presença de entidades que apoiaram a coleta de assinaturas pelo Brasil, como organizações e igrejas, e também a atriz Maria Fernanda Cândido.
"Eu queria estar aqui dividindo a emoção que conseguimos um milhão e quintos mil assinaturas. Estamos muito felizes e de olho. A gente não quer que mude nem uma vírgula disso. É um esforço em conjunto e agradecemos a todos pelo apoio", disse a atriz Maria Fernanda Cândido.
Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que também integra a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o objetivo é levar as assinaturas ao Congresso até a primeira quinzena de abril, para que o projeto possa tramitar nas Casas. Segundo ele, uma frente parlamentar de cerca de 100 deputados e senadores já demonstrou apoio ao projeto de lei contra a corrupção. Tanto Lima quanto Dallagnol estão otimistas que o projeto tramitará ainda em 2016 no Congresso e com apoio.
"Isso aqui representa uma entrega simbólica das assinaturas, de 125 mil assinaturas de São Paulo, que transferimos para a conta do assinômeyro de São Paulo para o MPF", afirmou o procurador-chefe de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre.
Dentre as 10 medidas defendidas no projeto contra a corrupção pelo MPF estão a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos, recuperação do lucro derivado do crime, tornar corrupção crime hediondo e prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado.
Em dezembro, em entrevista ao G1, Deltan afirmou que “o Brasil não é propriedade privada dos corruptos”.
Tahiane Stochero- Do G1 São Paulo
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