No sofisticado sistema de pagamento de propinas que o Ministério Público atribui ao Grupo Odebrecht, uma simples mensagem destinada ao pomposo Setor de Operações Estruturadas da companhia bastava para dar início ao processo de remessa de dinheiro sujo para corromper funcionários de obras e garantir vantagens às empresas do herdeiro Marcelo Odebrecht. O detalhamento do fluxo de dinheiro do propinoduto, da participação de operadores do mercado negro de câmbio e dos repasses no exterior ou em dinheiro vivo no Brasil foi feito pela secretária Maria Lúcia Tavares, que atuava no Grupo Odebrecht e passou a colaborar com a Justiça.
Maria Lúcia era responsável por catalogar o fluxo de propina pago pela empreiteira e a minúcia de suas anotações foi crucial para que os investigadores pudessem deflagrar hoje a nova etapa da Operação Lava Jato, batizada de Xepa. Em um primeiro momento, a secretária chegou a apresentar uma versão fantasiosa para o termo acarajé identificado em mensagens eletrônicas reunidas pela Lava Jato e disse que se tratava do quitute baiano, embora a polícia já tivesse identificado o uso da expressão como senha para o pagamento de propina.
Às autoridades, a secretária explicou que o executivo da Odebrecht que quisesse usar os serviços do propinoduto da companhia, tanto para pagamentos no exterior quanto para repasses em espécie no Brasil, encaminhava a solicitação ao Setor de Operações Estruturadas da empresa, que se encarregava de pronto da operação. Eufemisticamente tratados como "prestadores de serviço", operadores do mercado de câmbio negro entravam em campo para providenciar o dinheiro da propina. Entre eles, Álvaro Novis, da Hoya Corretora, era acionado quando o duto de propina precisava chegar ao Rio de Janeiro ou a São Paulo. Suas atividades eram registradas sob a alcunha de "Carioquinha", se o dinheiro fosse entregue no Rio, e "Paulistinha", se a propina fosse enviada a São Paulo.
"Perguntada sobre os prestadores, esclarece que são pessoas utilizadas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para fazer dinheiro", registraram os investigadores em um dos depoimentos prestados pela secretária. "O sistema era como uma espécie de e-mail onde a declarante [Maria Lúcia] podia conversar com os demais integrantes da equipe e também com os prestadores, pessoas encarregadas da disponibilização de recursos em espécie para entrega".
A farta documentação sobre a central de propinas do Grupo Odebrecht e armazenada no Setor de Operações Estruturadas começou a causar maiores preocupações em agosto de 2015, quando o setor foi fechado e os executivos envolvidos no esquema - verdadeiros arquivos vivos das traficâncias da Odebrecht - começaram a ser mandados ao exterior para não ficarem ao alcance imediato das autoridades brasileiras. Segundo os investigadores, o fechamento da repartição e a desinstalação do sistema que catalogava o fluxo de propina indicam "aparente destruição ou ocultação de provas". A própria secretária da Odebrecht foi chamada para trabalhar no exterior.
Embora as revelações de Maria Lúcia Tavares tenham sido cruciais para a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato, as planilhas e documentos corroboraram as declarações da secretária sobre as operações subreptícias do Grupo Odebrecht. Segundo a Polícia Federal, documentos registraram "dezenas de entregas de vultosas quantidades de dinheiro em espécie no Brasil".
Veja os principais nomes da planilha da central de propinas da Odebrecht:
Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho: Aparece nos cadastros da conta secreta em nome da offshore Smith&Nash Engineering Company Inc, ligada ao Grupo Odebrecht e usada para pagar propina. Por meio da Smith&Nash, a Odebrecht pagou quase 3,5 milhões de dólares e cerca de 2 milhões de francos suíços para uma conta na Suíça controlada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Luiz Eduardo da Rocha Soares: Integrava a central de propinas do Grupo Odebrecht e se mudou para os Estados Unidos depois do fechamento do Setor de Operações Estruturadas. Segundo Maria Lúcia Tavares, Luiz Eduardo era diretamente responsável pelos pagamentos em contas secretas da Odebrecht no exterior.
Ângela Ferreira Palmeira: Secretária de Luiz Eduardo. Cuidava das operações do grupo no exterior.
Alyne Nascimento Borazo: Secretária de Luiz Eduardo da Rocha Soares e Fernando Migliaccio da Silva. Em uma mensagem de janeiro de 2014, o nome de Alyne aparece como a pessoa a estaria em posse da "mistura para os acarajés", expressão que, segundo os investigadores, indica a chegada de uma das remessas de propina.
Isaias Ubiraci Chaves Santos: Atuava na confecção das planilhas e das requisições de pagamentos de propina. Aparece em cópias de mensagens em que executivos do Grupo Odebrecht pedem repasses de propina.
Camillo Gornatti e Paulo Sergio da Rocha Soares: Responsáveis pelo sistema de informática Drousy, usado para as comunicações e pedidos de propina direcionados ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Soares ainda é dono da empresa JR Graco, uma das utilizadas para repassar propina a mando da Odebrecht.
Roberto Prisco Paraíso Ramos: Foi chefe da Odebrecht Óleo e Gás e aparece nas mensagens sobre a central de acarajés do Grupo Odebrecht. Já foi condenado na Operação Lava Jato.
Paul Elie Altit: Chefe da Odebrecht Realizações Imobiliárias, aparece junto com os subordinados Rodrigo Costa Melo e Antônio Pessoa de Souza Couto em mensagens com a secretária Maria Lúcia Tavares discutindo a entrega de 1 milhão de reais para o destinatário "Turquesa #2" na obra do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis: Chefe da Odebrecht Ambiental, aparece em mensagem com o subordinado Eduardo José Mortani Barbosa conversando com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares sobre a entrega, em junho de 2015, de 550.000 reais em propina para uma pessoa identificada somente pelo codinome "Cobra". Barbosa ainda um dos interlocutores de conversas em que se debate repasse de 1 milhão de reais para o destinatário identificado como "Cabeça Chata", de 150.000 reais para "Baixinho" e de outra leva de 1 milhão de reais para "Galego".
Benedicto Barbosa Júnior: Chefe da Odebrecht Infraestrutura. Também aparece em mensagens com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares em que se discute 15,5 milhões de reais em propina para a pessoa registrada com o codinome "Mineirinho".
João Alberto Lovera: Executivo da Odebrecht Realizações Imobiliárias, também está na troca de mensagens com a secretária Maria Lúcia discutindo a entrega de 200.000 reais em propina em Brasília para uma pessoa identificada pelo codinome "Grama".
Antônio Carlos Daiha Blando: Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura - África, Emirados Árabes e Portugal, em Angola, aparece na planilha da secretária Maria Lúcia Tavares como responsável pela solicitação de pagamento de 335.000 dólares, em julho de 2014, para uma pessoa identificada como "PSA (2008)" (fls. 37-38 da representação).
Alexandre Biselli: Diretor do Contrato do Canal do Sertão pela Odebrecht, pediu a liberação de 150.000 reais para "Bobão".
Carlos José Vieira Machado da Cunha: Diretor Superintendente da Supervias, na Odebrecht Transport, aparece na planilha de propinas pedindo a liberação de 100.000 reais em 18 de novembro de 2014 para pagamento a pessoa não identificada. Em outro registro, é citado na central de propina como a pessoa que pediu pagamento de 300.000 reais para uma pessoa identificada pelo codinome "Plataformas".
Ricardo Ferraz: Diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras do Aeroporto de Goiânia, pediu o pagamento de 1.000.000 de reais e 400.000 reais em outubro de 2014 para os destinatários "Padeiro" e "Comprido".
Nilton Coelho de Andrade Júnior: Diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras da extensão do Trensurb, no Rio Grande do Sul, aparece nas planilhas como autor do pedido de pagamentos de propinas de 10.000 reais para "Varejão2" e de 100.000 reais para "Encostado2".
Antônio Roberto Gavioli: Diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra do Itaquerão, pediu a liberação de 500.000 de reais para pessoa identificada pelo codinome "Timão".
Luciano Cruz: Diretor Financeiro da Odebrecht Estrutura, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos 300.000 de reais em outubro de 2014 para pessoa identificada pelo codinome "Fórmula K".
Flávio de Bento Faria: Ex-Diretor da Odebrecht na Argentina, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos para os codinomes "Festança" (15.000 dólares) e "Duvidoso" (100.000 dólares).
Fábio Andreani Gandolfo: Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura no Rio de Janeiro, pediu 1 milhão de reais em outubro de 2014 para pessoa identificada pelo codinome "Amiga".
Marcelo Bahia Odebrecht: Ex-diretor da Holding Odebrecht, aparece como responsável direto pela solicitação de pagamentos de propina em 2014 no valor de 1 milhão de reais para o codinome "Coxa" e mais 1 milhão de reais para "Piqui". Odebrecht também é vinculado diretamente a solicitações de pagamento em dinheiro vivo para "Feira", codinome usado pelo marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele Mônica Moura.
Olívio Rodrigues Júnior: Identificado como "Gigolino", é sócio da empresa JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira Ltda, usada para o repasse de propina do Grupo Odebrecht.
Marcelo Rodrigues: Irmão de Olívio, sua assinatura foi identificada como o representante da offshore Klienfeld Services, usada pela Odebrecht para pagar propina a agentes da Petrobras e para repasses à conta secreta Shellbill Finance, do casal João Santana e Mônica Moura.
Álvaro Novis: Diretor da Hoya Corretora de Valores e Câmbio Ltda. e responsável pelas entregas de dinheiro vivo de propina no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro: Operador de propinas identificado como "Tonico", fazia entregas em Porto Alegre. Seu nome apareceu na Operação Ouro Verde, que investigava a prática de crimes de evasão fraudulenta de divisas.
NOB: Por meio da Gradual Turismo, fazia entregas de propina em Salvador.
Tuta: Fazia entregas de dinheiro vivo.
Carlos Leite: Por meio da Mônaco Agência de Câmbio e Turismo, faria entregas de propina no Recife.
Maria Lúcia era responsável por catalogar o fluxo de propina pago pela empreiteira e a minúcia de suas anotações foi crucial para que os investigadores pudessem deflagrar hoje a nova etapa da Operação Lava Jato, batizada de Xepa. Em um primeiro momento, a secretária chegou a apresentar uma versão fantasiosa para o termo acarajé identificado em mensagens eletrônicas reunidas pela Lava Jato e disse que se tratava do quitute baiano, embora a polícia já tivesse identificado o uso da expressão como senha para o pagamento de propina.
Às autoridades, a secretária explicou que o executivo da Odebrecht que quisesse usar os serviços do propinoduto da companhia, tanto para pagamentos no exterior quanto para repasses em espécie no Brasil, encaminhava a solicitação ao Setor de Operações Estruturadas da empresa, que se encarregava de pronto da operação. Eufemisticamente tratados como "prestadores de serviço", operadores do mercado de câmbio negro entravam em campo para providenciar o dinheiro da propina. Entre eles, Álvaro Novis, da Hoya Corretora, era acionado quando o duto de propina precisava chegar ao Rio de Janeiro ou a São Paulo. Suas atividades eram registradas sob a alcunha de "Carioquinha", se o dinheiro fosse entregue no Rio, e "Paulistinha", se a propina fosse enviada a São Paulo.
"Perguntada sobre os prestadores, esclarece que são pessoas utilizadas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para fazer dinheiro", registraram os investigadores em um dos depoimentos prestados pela secretária. "O sistema era como uma espécie de e-mail onde a declarante [Maria Lúcia] podia conversar com os demais integrantes da equipe e também com os prestadores, pessoas encarregadas da disponibilização de recursos em espécie para entrega".
A farta documentação sobre a central de propinas do Grupo Odebrecht e armazenada no Setor de Operações Estruturadas começou a causar maiores preocupações em agosto de 2015, quando o setor foi fechado e os executivos envolvidos no esquema - verdadeiros arquivos vivos das traficâncias da Odebrecht - começaram a ser mandados ao exterior para não ficarem ao alcance imediato das autoridades brasileiras. Segundo os investigadores, o fechamento da repartição e a desinstalação do sistema que catalogava o fluxo de propina indicam "aparente destruição ou ocultação de provas". A própria secretária da Odebrecht foi chamada para trabalhar no exterior.
Embora as revelações de Maria Lúcia Tavares tenham sido cruciais para a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato, as planilhas e documentos corroboraram as declarações da secretária sobre as operações subreptícias do Grupo Odebrecht. Segundo a Polícia Federal, documentos registraram "dezenas de entregas de vultosas quantidades de dinheiro em espécie no Brasil".
Veja os principais nomes da planilha da central de propinas da Odebrecht:
Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho: Aparece nos cadastros da conta secreta em nome da offshore Smith&Nash Engineering Company Inc, ligada ao Grupo Odebrecht e usada para pagar propina. Por meio da Smith&Nash, a Odebrecht pagou quase 3,5 milhões de dólares e cerca de 2 milhões de francos suíços para uma conta na Suíça controlada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Luiz Eduardo da Rocha Soares: Integrava a central de propinas do Grupo Odebrecht e se mudou para os Estados Unidos depois do fechamento do Setor de Operações Estruturadas. Segundo Maria Lúcia Tavares, Luiz Eduardo era diretamente responsável pelos pagamentos em contas secretas da Odebrecht no exterior.
Ângela Ferreira Palmeira: Secretária de Luiz Eduardo. Cuidava das operações do grupo no exterior.
Alyne Nascimento Borazo: Secretária de Luiz Eduardo da Rocha Soares e Fernando Migliaccio da Silva. Em uma mensagem de janeiro de 2014, o nome de Alyne aparece como a pessoa a estaria em posse da "mistura para os acarajés", expressão que, segundo os investigadores, indica a chegada de uma das remessas de propina.
Isaias Ubiraci Chaves Santos: Atuava na confecção das planilhas e das requisições de pagamentos de propina. Aparece em cópias de mensagens em que executivos do Grupo Odebrecht pedem repasses de propina.
Camillo Gornatti e Paulo Sergio da Rocha Soares: Responsáveis pelo sistema de informática Drousy, usado para as comunicações e pedidos de propina direcionados ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Soares ainda é dono da empresa JR Graco, uma das utilizadas para repassar propina a mando da Odebrecht.
Roberto Prisco Paraíso Ramos: Foi chefe da Odebrecht Óleo e Gás e aparece nas mensagens sobre a central de acarajés do Grupo Odebrecht. Já foi condenado na Operação Lava Jato.
Paul Elie Altit: Chefe da Odebrecht Realizações Imobiliárias, aparece junto com os subordinados Rodrigo Costa Melo e Antônio Pessoa de Souza Couto em mensagens com a secretária Maria Lúcia Tavares discutindo a entrega de 1 milhão de reais para o destinatário "Turquesa #2" na obra do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis: Chefe da Odebrecht Ambiental, aparece em mensagem com o subordinado Eduardo José Mortani Barbosa conversando com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares sobre a entrega, em junho de 2015, de 550.000 reais em propina para uma pessoa identificada somente pelo codinome "Cobra". Barbosa ainda um dos interlocutores de conversas em que se debate repasse de 1 milhão de reais para o destinatário identificado como "Cabeça Chata", de 150.000 reais para "Baixinho" e de outra leva de 1 milhão de reais para "Galego".
Benedicto Barbosa Júnior: Chefe da Odebrecht Infraestrutura. Também aparece em mensagens com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares em que se discute 15,5 milhões de reais em propina para a pessoa registrada com o codinome "Mineirinho".
João Alberto Lovera: Executivo da Odebrecht Realizações Imobiliárias, também está na troca de mensagens com a secretária Maria Lúcia discutindo a entrega de 200.000 reais em propina em Brasília para uma pessoa identificada pelo codinome "Grama".
Antônio Carlos Daiha Blando: Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura - África, Emirados Árabes e Portugal, em Angola, aparece na planilha da secretária Maria Lúcia Tavares como responsável pela solicitação de pagamento de 335.000 dólares, em julho de 2014, para uma pessoa identificada como "PSA (2008)" (fls. 37-38 da representação).
Alexandre Biselli: Diretor do Contrato do Canal do Sertão pela Odebrecht, pediu a liberação de 150.000 reais para "Bobão".
Carlos José Vieira Machado da Cunha: Diretor Superintendente da Supervias, na Odebrecht Transport, aparece na planilha de propinas pedindo a liberação de 100.000 reais em 18 de novembro de 2014 para pagamento a pessoa não identificada. Em outro registro, é citado na central de propina como a pessoa que pediu pagamento de 300.000 reais para uma pessoa identificada pelo codinome "Plataformas".
Ricardo Ferraz: Diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras do Aeroporto de Goiânia, pediu o pagamento de 1.000.000 de reais e 400.000 reais em outubro de 2014 para os destinatários "Padeiro" e "Comprido".
Nilton Coelho de Andrade Júnior: Diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável por obras da extensão do Trensurb, no Rio Grande do Sul, aparece nas planilhas como autor do pedido de pagamentos de propinas de 10.000 reais para "Varejão2" e de 100.000 reais para "Encostado2".
Antônio Roberto Gavioli: Diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra do Itaquerão, pediu a liberação de 500.000 de reais para pessoa identificada pelo codinome "Timão".
Luciano Cruz: Diretor Financeiro da Odebrecht Estrutura, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos 300.000 de reais em outubro de 2014 para pessoa identificada pelo codinome "Fórmula K".
Flávio de Bento Faria: Ex-Diretor da Odebrecht na Argentina, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos para os codinomes "Festança" (15.000 dólares) e "Duvidoso" (100.000 dólares).
Fábio Andreani Gandolfo: Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura no Rio de Janeiro, pediu 1 milhão de reais em outubro de 2014 para pessoa identificada pelo codinome "Amiga".
Marcelo Bahia Odebrecht: Ex-diretor da Holding Odebrecht, aparece como responsável direto pela solicitação de pagamentos de propina em 2014 no valor de 1 milhão de reais para o codinome "Coxa" e mais 1 milhão de reais para "Piqui". Odebrecht também é vinculado diretamente a solicitações de pagamento em dinheiro vivo para "Feira", codinome usado pelo marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele Mônica Moura.
Olívio Rodrigues Júnior: Identificado como "Gigolino", é sócio da empresa JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira Ltda, usada para o repasse de propina do Grupo Odebrecht.
Marcelo Rodrigues: Irmão de Olívio, sua assinatura foi identificada como o representante da offshore Klienfeld Services, usada pela Odebrecht para pagar propina a agentes da Petrobras e para repasses à conta secreta Shellbill Finance, do casal João Santana e Mônica Moura.
Álvaro Novis: Diretor da Hoya Corretora de Valores e Câmbio Ltda. e responsável pelas entregas de dinheiro vivo de propina no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro: Operador de propinas identificado como "Tonico", fazia entregas em Porto Alegre. Seu nome apareceu na Operação Ouro Verde, que investigava a prática de crimes de evasão fraudulenta de divisas.
NOB: Por meio da Gradual Turismo, fazia entregas de propina em Salvador.
Tuta: Fazia entregas de dinheiro vivo.
Carlos Leite: Por meio da Mônaco Agência de Câmbio e Turismo, faria entregas de propina no Recife.
Laryssa Borges - Veja
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