terça-feira, 29 de março de 2016

Só fica quem tiver votos contra o impeachment

Os atuais seis ministros do PMDB sabem que o governo jogará duro com eles depois que o partido retirar seu apoio a Dilma.
Só ficarão nos cargos os que tiverem votos para derrotar o impeachment. Não basta dizerem que têm. Precisarão provar.
A ministra Kátia Abreu, da Agricultura, poderá ficar mesmo que não tenha votos porque ela foi uma escolha pessoal de Dilma.
Kátia nada tinha a ver com o PMDB. Estava no PSD, onde, aliás, ficou seu filho, deputado por Tocantins. Foi para o PMDB só para ser ministra.
Ao PSD poderá retornar se for o caso. Mas desde que assegure votos do PSD contra o impeachment.
Se os ministros do PMDB tivessem votos dentro do partido para oferecer a Dilma, eles não faltariam à reunião de hoje do Diretório Nacional. Compareceriam para, pelo menos, defender o governo.
Nem a situação de fraqueza do governo no Congresso seria tão dramática como é.
De resto, em nome do quê eles justificarão publicamente sua permanência nos cargos?
Da governabilidade? À revelia do seu partido que não se sente mais responsável por ela?
Dos belos olhos de Dilma, uma presidente ladeira abaixo?
Dos feios olhos de Temer, um vice-presidente ladeira acima?
Ricardo Noblat

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