Esses cargos, segundo deputados do PP e do PR, serão distribuídos entre os peemedebistas, e outros aliados, que se mantiverem fiéis e para aqueles partidos que a oposição chama de intermediários. Os alvos do governo petista são as bancadas na Câmara do PP, do PR, do PTB e do PSD. Esses quatro partidos somam 140 deputados, sendo 53 do Nordeste.
A distribuição desses cargos é um sonho e uma ambição desses partidos, que sempre tiveram como barreira a força política do PT e do PMDB. Sem o principal aliado do Planalto e com a fome do PT contida pela necessidade, seus políticos acreditam que seu caminho para obter mais poder está aberto.
Esses dois deputados, eleitos com votos predominantes do interior de seus estados, e por eleitores das classes "D" e "E", ainda não decidiram o que farão. Mas dizem que não sofrem a pressão exercida sobre deputados eleitos em grandes centros urbanos ou do sul do país, bombardeados por informações e, sobretudo, opiniões na televisão, no rádio, nos jornais e nas redes sociais.
Acrescentam que para esses eleitores é como se a presidente Dilma não existisse. Para eles, quem está no pelourinho é o ex-presidente Lula. Ele é quem pode sofrer o impeachment e, alheios a operação Lava-Jato, pedem pelo ex-presidente. Um deles relata: "No interior, o que ouço são as pessoas me dizerem: não abandone o Lula".
Esses relatos têm chegado ao Planalto e, por isso, o governo avalia que a partida não está perdida. Eles acreditam na sobrevivência de Dilma e seu governo, contrariando a opinião generalizada que o governo acabou e que é só uma questão de tempo.
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