Salvo uma surpresa, uma baita surpresa, o PMDB, de fato, desembarcará do governo amanhã à tarde, quando reunir seu Diretório Nacional na sala que serve à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
São 119 os membros do diretório e um total de 155 votos porque alguns deles votam mais de uma vez.
A batalha que ali se travará será entre os que querem desembarcar de imediato e aqueles poucos que pedirão um prazo para devolver seus cargos no governo. Esses, na verdade, não querem desembarcar.
Os mais resistentes ao rompimento são os que ocupam sete ministérios. Parecem conformados a essa altura, mas querem 30 dias para arrumar as gavetas. Não deverão ter 30 dias. Talvez 12.
“Essa turma que não quer largar os cargos não o faz por amor ao país, mas por amor ao poder”, critica o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos líderes da turma disposta a romper.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) desembarcou ontem em Brasília para acompanhar a reunião de perto. Mas só aparecerá por lá se o desembarque for aprovado por larga maioria, de preferência por aclamação.
O comando do PP se reunirá na quarta-feira. Mais da metade dos deputados do partido quer afastar o partido do governo.Ricardo Noblat
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