As notícias diárias sobre escândalos reforçam internacionalmente a imagem de que o Brasil é um país totalmente corrupto. Segundo uma revista canadense especializada em direito e negócios, as coisas não são bem assim, e este é um momento histórico em que o país está se mobilizando para mudar está má fama, e derrotar a corrupção.
“Sim, o Brasil descobriu corrupção envolvendo grandes empresas estatais e políticos em altos cargos. Mas especialistas jurídicos dizem que o país está prestes a derrotar a corrupção com novas leis e regras detalhistas'', explica a edição mais recente da “InHouse'', revista editada pela Reuters no Canadá.
A publicação brinca com o estereótipo de país corrupto logo no início da reportagem: “Bem-vindos ao Brasil. O clima é belo. As passoas são amigáveis. Os negócios são corruptos. Corruptos? Claro. Pelo menos é o que se percebe na contínua cobertura da mídia sobre o país sul-americano (…). Mas esta não é toda a história. Na verdade, muitos dizem que esta imagem está longe de ser correta'', explica.
Ao longo da reportagem, a “InHouse'' explica o desenrolar da Operação Lava Jato, e deixa claro que há um impacto imenso da corrupção na realidade política e econômica do país. O otimismo da análise vem da perspectiva histórica sobre a situação atual do país.
“O progresso pode causar bagunça'', diz, alegando que o Brasil deixou de ser uma ditadura apenas em 1985, e que desde então o país desenvolveu um sistema mais sofisticado de controlar o sistema e evitar ilegalidades. É preciso reconhecer os desafios, mas o país parece estar trabalhando no sentido de superá-los, argumenta.
Este posicionamento se alinha à perspectiva externa de muitos brasilianistas, pesquisadores estrangeiros que analisam a realidade do país de forma objetiva, de fora para dentro. Alguns destes acadêmicos indicam que é preciso analisar a evolução do Brasil em uma perspectiva histórica mais longa, avaliando os avanços de décadas, e sem se apegar apenas ao momento atual.
A questão, para estes analistas, não é negar os problemas do Brasil, mas olhar para o passado, ver o quanto se avançou, e pensar na perspectiva futura de forma otimista. Anthony Pereira, diretor do Brazil Institute do King's College London, já fez comentário parecido em entrevista ao blog Brasilianismo. O pesquisador americano Riordan Roett, um dos mais importantes estudiosos da política brasileira no exterior tem opinião semelhante – de que o momento do Brasil é de descer ladeira abaixo, mas país vai sobreviver. Até mesmo um editorial do “New York Times'' defendeu tese parecida: “É o começo de um novo Brasil'', diz, explicando que há um forte sentimento de combate à corrupção aliado a fortes bases democráticas, que podem trazer um futuro positivo para o país.
Otimismo é a tônica da reportagem canadense, que encerra dando dicas para que empresas do país que têm negócios no Brasil cuidem para seguir as regras do país. A mudança, explica a publicação, não afeta apenas a realidade brasileira. “As medidas anticorrupção se aplicam a qualquer e todo negócio no país, incluindo o de empresas canadenses com operações no Brasil'', diz.
“Sim, o Brasil descobriu corrupção envolvendo grandes empresas estatais e políticos em altos cargos. Mas especialistas jurídicos dizem que o país está prestes a derrotar a corrupção com novas leis e regras detalhistas'', explica a edição mais recente da “InHouse'', revista editada pela Reuters no Canadá.
A publicação brinca com o estereótipo de país corrupto logo no início da reportagem: “Bem-vindos ao Brasil. O clima é belo. As passoas são amigáveis. Os negócios são corruptos. Corruptos? Claro. Pelo menos é o que se percebe na contínua cobertura da mídia sobre o país sul-americano (…). Mas esta não é toda a história. Na verdade, muitos dizem que esta imagem está longe de ser correta'', explica.
Ao longo da reportagem, a “InHouse'' explica o desenrolar da Operação Lava Jato, e deixa claro que há um impacto imenso da corrupção na realidade política e econômica do país. O otimismo da análise vem da perspectiva histórica sobre a situação atual do país.
“O progresso pode causar bagunça'', diz, alegando que o Brasil deixou de ser uma ditadura apenas em 1985, e que desde então o país desenvolveu um sistema mais sofisticado de controlar o sistema e evitar ilegalidades. É preciso reconhecer os desafios, mas o país parece estar trabalhando no sentido de superá-los, argumenta.
Este posicionamento se alinha à perspectiva externa de muitos brasilianistas, pesquisadores estrangeiros que analisam a realidade do país de forma objetiva, de fora para dentro. Alguns destes acadêmicos indicam que é preciso analisar a evolução do Brasil em uma perspectiva histórica mais longa, avaliando os avanços de décadas, e sem se apegar apenas ao momento atual.
A questão, para estes analistas, não é negar os problemas do Brasil, mas olhar para o passado, ver o quanto se avançou, e pensar na perspectiva futura de forma otimista. Anthony Pereira, diretor do Brazil Institute do King's College London, já fez comentário parecido em entrevista ao blog Brasilianismo. O pesquisador americano Riordan Roett, um dos mais importantes estudiosos da política brasileira no exterior tem opinião semelhante – de que o momento do Brasil é de descer ladeira abaixo, mas país vai sobreviver. Até mesmo um editorial do “New York Times'' defendeu tese parecida: “É o começo de um novo Brasil'', diz, explicando que há um forte sentimento de combate à corrupção aliado a fortes bases democráticas, que podem trazer um futuro positivo para o país.
Otimismo é a tônica da reportagem canadense, que encerra dando dicas para que empresas do país que têm negócios no Brasil cuidem para seguir as regras do país. A mudança, explica a publicação, não afeta apenas a realidade brasileira. “As medidas anticorrupção se aplicam a qualquer e todo negócio no país, incluindo o de empresas canadenses com operações no Brasil'', diz.
Daniel Buarque
Nenhum comentário:
Postar um comentário