sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Longe dos palcos, Bernardo Cerveró passou a se dedicar à defesa do pai



Ator desde os 15 anos, Bernardo Cerveró se afastou dos palcos desde que o pai, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, entrou no olho do furacão da Operação Lava-Jato. Bernardo virou o principal ponto de apoio do pai e ia semanalmente a Curitiba visitá-lo na cadeia. Era ele quem se reunia com o advogado Edson Ribeiro, que, assim como o senador Delcídio Amaral (PT-MS), foi preso depois que o produtor teatral gravou o áudio.
Bernardo não estava apenas por dentro dos meandros jurídicos, mas cuidava dos mínimos detalhes que pudessem afetar o pai. Na época do carnaval, pediu a um amigo advogado que ligasse para a mais famosa fabricante de máscaras pedindo que não fizesse moldes com o rosto de Cerveró.
Nesta quinta-feira, O GLOBO conversou com a mãe de Bernardo, Patrícia Cerveró, que se refugiou em Itaipava, na Região Serrana do Rio:
— Eu estou sem contato com ele. Não sei informar (se Bernardo está no Rio).
Patrícia e Cerveró apoiaram a carreira de ator de Bernardo, iniciada aos 15 anos nos tempos do Colégio São Vicente, na Zona Sul do Rio. Hoje, aos 34, casado com uma bailarina e pai de uma menina, ele foi premiado pelo papel na peça "Torturas de um Coração".
— Ele foi para o tudo ou nada - disse Almir Telles, fundador da companhia da qual Bernardo fazia parte, sobre a atitude do pupilo.

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