sábado, 28 de novembro de 2015

Consultoria de filho de Lula foi copiada da internet, diz PF

Trabalho de consultoria que rendeu R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Lula

Trabalho de consultoria que rendeu R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio Lula da Silva foi baseado em “meras reproduções de conteúdo disponível na rede mundial de computadores, em especial no site do Wikipedia”, afirma relatório da Polícia Federal.
Consultoria seria farsa Foto: Montagem
O trabalho de consultoria que rendeu R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Lula, foi baseado em “meras reproduções de conteúdo disponível na rede mundial de computadores, em especial no site do Wikipedia”. É o que diz relatório da Polícia Federal. Na avaliação dos investigadores, a descoberta reforça as suspeitas de envolvimento da empresa de Luís Cláudio no esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos com incentivos fiscais. A negociação das MPs é investigada na Operação Zelotes, que mira a atuação de integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda.
 “Os estudos apresentados pareciam ser de rasa profundidade e complexidade, em total falta de sintonia com os milionários valores pagos”, diz o documento.
Os investigadores identificaram repasses do escritório Marcondes & Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa à empresa LFT Marketing Esportivo, do filho do ex-presidente. As movimentações coincidem com a época em que o lobista Mauro Marcondes Machado, investigado na operação, recebeu R$ 16 milhões de duas empresas interessadas em benefícios fiscais do governo. Por causa da suspeita, o escritório de Luís Cláudio foi alvo de um mandado de busca e apreensão em outubro.
De acordo com o relatório da PF, outro lobista, Alexandre Paes dos Santos, também investigado na Zelotes, disse que tinha acertado o repasse de R$ 4 milhões para “colaboradores” de Mauro Marcondes para viabilizar  o lobby pelas medidas provisórias.
A PF não indiciou Luís Cláudio, mas apura se há indícios de que o filho do ex-presidente tenha participado do esquema. “Essa hipótese, bem como o real propósito desses pagamentos, não foi confirmada até o presente momento, razão pela qual será dada continuidade à investigação em outro inquérito policial em que será analisado todo o material coletado com vista à pela elucidação dos fatos apurados”, afirma os investigadores. Outras 19 pessoas foram indiciadas esta semana.
A Polícia Federal classificou como “vultosos” e um “ponto fora da curva” os valores dos repasses à empresa de Luís Cláudio. A LFT nunca tinha aparecido como prestadora de serviços da empresa de lobby, não possui nenhum funcionário cadastrado nem informa o pagamento de salário ou recolhimento de contribuições previdenciárias de empregados, observa o Estadão
Fonte: Congresso em Foco Publicado por: Lídia Brito28/11/2015 10h02 - Atualizado em 28/11/2015 10h04

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