Em seu perfil no Facebook, as postagens eram positivas, bem como algumas menções no Twitter. "Je suis Bernardo Cerveró! Possivelmente o cara que pode ter mudado o curso da história do Brasil!", escreveu um internauta no microblog.
Já na página do grupo de ex-alunos do colégio particular carioca onde o ator estudou, um post de desagravo à denúncia dividiu os internautas. "Bernardo Cerveró, que se expôs e botou o primeiro senador em exercício de mandato na cadeia, que fez o Senado passar por esse constrangimento no dia de hoje (anteontem), é ex-aluno do CSVP (Colégio São Vicente de Paulo)! Obrigado, Bernardo!", diz a primeira mensagem no grupo.
Em tom contrário, outro participante do grupo escreveu: "Só fez isso pra defender o pai bandido. É tudo farinha do mesmo saco".
Reação
Bernardo começou a estudar teatro no colégio, onde o professor Almir Telles dava aulas extracurriculares na década de 1990. O ator e diretor Diogo Vilela disse que foi surpreendido pela iniciativa de Bernardo, com quem já trabalhou.
"Estamos neste momento do Brasil vivendo na encruzilhada dos riscos. Todo mundo está precisando resolver o que está acontecendo no país. E essa foi a medida que ele encontrou. E surpreendeu a todo mundo, acho que até aos familiares. Porque foi um gesto definitivo para uma pessoa", declarou Vilela ao "Estado".
Bernardo foi o produtor executivo da peça "Ary Barroso, do Princípio ao Fim", escrita, dirigida e encenada por Vilela. Ele também foi dirigido por Vilela na peça "Jornada de Poema", em que o filho do ex-diretor da Petrobras atuou com a atriz Glória Menezes. "Foi um convívio superafetivo, ele sempre com a filha. É um produtor excelente", afirmou Vilela. O ator acrescentou que já não mantinha contato com Bernardo quando apareceram as primeiras denúncias contra Cerveró.
No colégio, os colegas se lembram de Cerveró como "boa-praça", que não ostentava riqueza. No Rio, a instituição é famosa por atrair famílias de perfil mais progressista. Seus alunos e professores tiveram participação ativa na militância contra a ditadura militar e nos protestos pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor - que foi aluno do colégio. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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