Valeu para Dilma ter passado o fim de semana em Paris desfrutando do conforto da suíte presidencial de um dos hotéis mais caros do mundo, o Bristol, e podendo comer e beber do bom e do melhor à nossa custa. Mas seu único compromisso de trabalho, não valeu a pena.
No discurso de abertura da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP-21), em Le Bourget, na periferia de Paris, ela mencionou o desastre em Mariana, onde se rompeu uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco. E nada disse de relevante. Pior: de verdadeiro.
- Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia.
Quase na mesma hora, o site da BBC Brasil publicou entrevista do relator especial da Organização das Nações Unidas para Direitos Humanos e Substâncias Tóxicas, Baskut Tuncak, que disse coisas do tipo:
- A severidade do desastre e a ausência de informações sobre as causas do incidente demandam um escrutínio muito maior e um debate público mais forte.
- Francamente, estamos vendo uma falta de responsabilidade das empresas e do governo que não correspondem ao tamanho do estrago e do risco para o meio ambiente.
- O público tem o direito de saber por que isso aconteceu e os impactos em potencial desse desastre.
- Recebemos a informação de que há áreas contaminadas com níveis mil vezes superiores ao que seria considerado seguro de acordo com o governo brasileiro. Há diversas variáveis, mas basicamente isso indica um grande risco à população local, sua saúde e vida.
Pois é... Quero meu dinheiro de volta! Sim, minha parte nas despesas de Dilma e de sua comitiva em Paris.
por Ricardo Noblat
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