Erenice comandou a Casa Civil de abril a setembro de 2010, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi interrogada no inquérito que investiga a suposta compra de medidas provisórias para beneficiar o setor automobilístico. À PF, a ex-ministra negou ter recebido qualquer oferta de propina para interferir na formulação de medidas provisórias.
No depoimento, a ex-ministra foi perguntada se considerava ética a subcontratação de advogados para atuar em órgão onde atuavam como conselheiros. Ela disse que conversou sobre o assunto com José Ricardo, mas ele teria argumentado que não havia impedimento, porque ele atuava em uma câmara que não julgaria o processo da empresa chinesa.
Também à PF, Erenice contou que o irmão dela e sócio dela no escritório de advocacia, Antonio Eudacy Alves de Carvalho, era amigo de José Ricardo há muitos anos. Quando ela era ministra, o irmão chegou a pedir que Erenice ajudasse na nomeação de José Ricardo para o Carf. Mas Erenice disse à PF que só se lembrou do pedido depois que deixou a chefia da Casa Civil.
Erenice Guerra também declarou no depoimento que conheceu em 2011 o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, também investigado e preso na Operação Zelotes. Ela admitiu ter levado o lobista em uma viagem a São Paulo, mas não se recorda quem pagou as despesas. Disse que acha que foi com dinheiro dela.
Em um e-mail exibido pela TV Globo, APS informa que a despesa de Erenice seria paga pela Rumo, uma das empresas do investigado Eduardo Valadão.
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