Ingênua e limpa, Dilma não sabia estar cercada de raposas e hienas. O malvado Lula colocou-a na posição de presidente do Conselho (o mais importante cargo para acompanhar, fiscalizar, decidir os destinos da Petrobras), contando com sua ingênua e compulsiva complacência, para executar a operação da roubalheira sem fim - ou melhor, até quebrar a empresa.
Dilma se revelou uma Presidente de Conselho sob medida. Exaltava "resultados". Anunciava, junto com o Chefe, obras gigantescas, diante das quais o rei da Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, se sentiria um nanico. As obras hoje estão paradas ou canceladas; centenas de milhares de trabalhadores, desempregados; e muitos bilhões de reais enterrados. A descoberta do Petrolão, destaque na gestão Dilma, mostrou como viabilizaram o esquema criminoso que fez jorrar propinas em números estratosféricos e quase levou à falência da Petrobras. Mas Dilma, que nada sabia, ou por saber e nada fazer, consolidou sua posição com o Chefe para ser sua fiel sucessora. Ignorava o que a esperava? Vivia numa espécie de autoengano?
No seu primeiro ano como presidente (2011), por força de revelações sobre a herança corrupta dos anos Lula, alguns ministros caíram. Dilma ganhou, de graça, a alcunha de "faxineira". E passou a arquitetar sua obra mais marcante: a redução das tarifas de energia. Assumiu para si a autoria. Depois de alguma euforia, aconteceu o inevitável: o engodo apareceu, destruiu o setor elétrico e de energia de modo geral, que levou junto, para o brejo, a imagem de "gerentona" que se tinha dela até então. Dilma passou a ser associada a mais desastrada gestão pública de nossa história contemporânea. O país começou a estagnar. Numa corrida alucinada, Dilma criminalizou o debate nas eleições de 2014 e realizou o maior estelionato eleitoral de nossa história.
Na nova posse de Dilma, já não lhe restava nenhum atributo. Ao contrário. Desnecessário mencionar os pouco generosos adjetivos (e substantivos) atribuídos a ela pelos brasileiros. No segundo mandato, ela replicou a gestão temerária e a licenciosidade. Praticou fraudes e falsificou contas públicas. Ao mesmo tempo, a Lava Jato começou a revelar uma permanente e crescente corrupção como modo petista de governar. O "Fora Dilma" sintetiza tudo. Seu papel na história deve merecer destaque pela desaprovação em massa, principalmente nas ruas do Brasil e nas redes sociais. Ela merece. Fraudou as esperanças dos brasileiros e nos faz regredir de forma inédita. Sem nenhuma perspectiva de mudança, a não ser a xepa desesperada e vergonhosa que só acentua o pânico por perderem o poder corrupto por eles instaurado.
Seu julgamento pelo Congresso Nacional está em vias de se consumar. Votado o impeachment na Comissão da Câmara, vamos ter em seguida um momento único para o início da recuperação da imagem do Parlamento, pela sintonia com os anseios da sociedade. Nenhuma manobra de última hora será aceita. Não se trata de punição. Apenas Dilma e o lulopetismo são uma fraude com a qual os brasileiros já não suportam conviver.
Basta!
José Aníbal- é presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e senador suplente pelo PSDB-SP. Foi deputado federal e presidente nacional do PSDB
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