sábado, 30 de julho de 2016

Dicas de alimentação para a primeira maratona

A conquista da primeira maratona é, para o corredor amador, um divisor de águas. Mas para que se dê bem, além da dedicação aos treinos, o atleta precisa, também, ter uma boa consciência do que deve ou não comer e quando (e como) usar os suplemetos alimentares.
Começar procurando a ajuda de um nutricionista esportivo é sempre a melhor opção. Na primeira consulta, o especialista irá solicitar exames para avaliar a sua condição inicial para o ciclo de treinamento, dentre eles: glicose, colesterol e triglicerídeos. Avaliará, também, as enzimas hepáticas e musculares, pois esses exames influenciam no cálculo de dieta.
É importante, aliás, que esta dieta se encaixe em sua rotina. Não adianta o profissional montar um cardápio super balanceado se você não conseguir segui-lo. Por isso, ao sinal de que as coisas não se encaixam no seu dia a dia, fale com o seu nutricionista para que ele reavalie as suas necessidades e monte uma nova estrutura alimentar.
De qualquer forma, o mais importante é que a sua alimentação seja balanceada e com uma quantidade adequada de carboidrato, proteínas e gorduras. Por mais que você queira emagrecer, é importante não restringir esses macronutrientes. Um dos erros mais comuns é a retirada do carboidrato da rotina. Percebo no consultório que as pessoas têm restringido muito até os carboidratos integrais e as raízes. Isso, quase sempre, não é boa ideia!
Tenha em mente que, durante a preparação para uma maratona, o desgaste físico e mental são muito grandes. É como o seu corpo fosse uma máquina que passa a sofrer um desgaste constante – e precisa do “combustível” correto para se manter em ordem. Até por isso, restringir a ingestão de bebidas alcoólicas neste período é demasiado importante, já que elas prejudicam a recuperação muscular e causam desidratação.
Para finalizar, vamos falar da suplementação. O uso de géis ou balas de carboidratos nos treinamentos longos se fará necessário. Caso você fique enjoado ou não goste muito de doces, a batata inglesa cozida é boa substituição. Uma dica importante, aliás, é testar toda a suplementação indicada por seu nutricionista nos “longões”, evitando, assim, surpresas desagradáveis na prova.
Treinem bastante, alimentem-se bem que, com certeza, a maratona será de vocês!

Denise Entrudo

Nutrição Esportiva e Funcional

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Síndrome do impacto femoroacetabular

Choques da cabeça do fêmur contra o encaixe no osso do quadril provocam desgaste na articulação e causam dores.
Causa
  • Predisposição anatômica do conjunto do quadril
  • Alteração mecânica da articulação nos movimentos
  • Choque anormal entre o fêmur e a reborda acetabular
  • Lesões do labrum, da cartilagem ou de ambos
  • Falta de diagnóstico adequado, o que pode fazer a síndrome evoluir para artrose em longo prazo
Sintomas
  • Dor na coxa irradiada para dentro da perna ou joelho
  • Travamento da musculatura ao sentar, levantar, entrar e sair de carros e utilizar escadas
  • Redução da flexão ao caminhar, calçar sapatos etc.
  • Dores esporádicas ou contínuas, em queimação ou fisgadas, ou residuais após sobrecargas
  • Tratamento
    • Medicação, infiltração, fisio e termoterapia, imobilização, pilates, reabilitação e reeducação postural
    • Restrição contra impactos e desgaste da cartilagem, mas com manutenção de atividade e condicionamento
    • Cirurgias para correção de deformidade óssea e lesão anatômica do labrum ou cartilagem
    • Artroscopia para lesão labral ou da cartilagem, com implantação de prótese nos casos mais avançados
    Prevenção
    • Orientação sobre treinos, nutrição e escolha do tênis
    • Passar por avaliação médica e respeitar o repouso
    • Trabalhar grupos musculares com musculação, alongamento, equilíbrio e postura
    • Evitar sobrecarga de pesos e exercícios de impacto, flexão e abertura do quadril
    • Adaptar-se ao treino antes de elevar a carga
    Retorno às corridas
    • Após fortalecimento muscular nas coxas e no quadril
    • Com o retorno total da amplitude nos movimentos
    • Na ausência total de dores
    • Após a restauração das funções do quadril em sustentar peso e os movimentos do corpo
    Encaixe imperfeito entre a cabeça do fêmur e os ossos do quadril prejudica a articulação”
     quadril  é capaz de sustentar até dez vezes todo o peso do nosso corpo e apresenta grande amplitude de movimento multidirecional. Portanto, não passa de mito a afirmação de que a corrida trabalha contra a sua função.
    Qualquer anomalia nessa estrutura, porém, compromete todo o conjunto, prejudicando a articulação. As lesões podem ser congênitas (ou seja, a pessoa porta ao nascer) ou adquiridas (por repetição, traumas ou desgaste acelerado) e se caracterizam por um encaixe imperfeito dos ossos, que provoca atrito entre eles e causa danos irreversíveis à articulação. Em longo prazo, a degeneração evolui para artrose do quadril.
    O diagnóstico é relativamente recente e recebeu o nome de Síndrome de Impacto Femoroacetabular, com incidência em 10% da população e 70% em esportistas. Também é responsável por 50% a 80% de todos os casos de artrose de quadril.
    Risco calculadoA síndrome do impacto femoroacetabular pode exigir intervenção cirúrgica, ainda que apenas em casos extremos. Os sintomas da síndrome começam com dores fracas, esporádicas ou contínuas e pioram com a atividade física. O diagnóstico exige um exame clínico acurado, seguido de radiografias, de ressonância nuclear magnética e até de artrorressonância magnética (contraste).
    Esse tipo de síndrome é degenerativa progressiva, daí a importância de diagnóstico e tratamento precoces, sob risco de degeneração definitiva das articulações (artrose), mesmo em atletas mais jovens. As cirurgias da síndrome do impacto femoroacetabular podem ser por corte ou artroscopia do quadril (procedimento minimamente invasivo, com duas pequenas incisões para a passagem de cânulas com câmera e instrumentos).
    Como éNa síndrome do impacto femoroacetabular a borda do osso da bacia e a cabeça do fêmur não se encaixam perfeitamente, provocando atrito entre os ossos, com prejuízos para a cartilagem, que se destaca de modo irreversível. Como uma coisa leva à outra, ocorre também lesão no labrum acetabular, que pode progredir para artrose. Esse problema biomecânico acontece nos extremos da amplitude de movimento (dobrado ou rodado para dentro) ou em explosões de força e é incapacitante, tanto em esportistas jovens como nos experientes (o risco é quatro vezes maior depois de 20 anos de treinamento).


Síndrome do impacto femoroacetabular

Choques da cabeça do fêmur contra o encaixe no osso do quadril provocam desgaste na articulação e causam dores.
Causa
  • Predisposição anatômica do conjunto do quadril
  • Alteração mecânica da articulação nos movimentos
  • Choque anormal entre o fêmur e a reborda acetabular
  • Lesões do labrum, da cartilagem ou de ambos
  • Falta de diagnóstico adequado, o que pode fazer a síndrome evoluir para artrose em longo prazo
Sintomas
  • Dor na coxa irradiada para dentro da perna ou joelho
  • Travamento da musculatura ao sentar, levantar, entrar e sair de carros e utilizar escadas
  • Redução da flexão ao caminhar, calçar sapatos etc.
  • Dores esporádicas ou contínuas, em queimação ou fisgadas, ou residuais após sobrecargas
  • Tratamento
    • Medicação, infiltração, fisio e termoterapia, imobilização, pilates, reabilitação e reeducação postural
    • Restrição contra impactos e desgaste da cartilagem, mas com manutenção de atividade e condicionamento
    • Cirurgias para correção de deformidade óssea e lesão anatômica do labrum ou cartilagem
    • Artroscopia para lesão labral ou da cartilagem, com implantação de prótese nos casos mais avançados
    Prevenção
    • Orientação sobre treinos, nutrição e escolha do tênis
    • Passar por avaliação médica e respeitar o repouso
    • Trabalhar grupos musculares com musculação, alongamento, equilíbrio e postura
    • Evitar sobrecarga de pesos e exercícios de impacto, flexão e abertura do quadril
    • Adaptar-se ao treino antes de elevar a carga
    Retorno às corridas
    • Após fortalecimento muscular nas coxas e no quadril
    • Com o retorno total da amplitude nos movimentos
    • Na ausência total de dores
    • Após a restauração das funções do quadril em sustentar peso e os movimentos do corpo
    Encaixe imperfeito entre a cabeça do fêmur e os ossos do quadril prejudica a articulação”
     quadril  é capaz de sustentar até dez vezes todo o peso do nosso corpo e apresenta grande amplitude de movimento multidirecional. Portanto, não passa de mito a afirmação de que a corrida trabalha contra a sua função.
    Qualquer anomalia nessa estrutura, porém, compromete todo o conjunto, prejudicando a articulação. As lesões podem ser congênitas (ou seja, a pessoa porta ao nascer) ou adquiridas (por repetição, traumas ou desgaste acelerado) e se caracterizam por um encaixe imperfeito dos ossos, que provoca atrito entre eles e causa danos irreversíveis à articulação. Em longo prazo, a degeneração evolui para artrose do quadril.
    O diagnóstico é relativamente recente e recebeu o nome de Síndrome de Impacto Femoroacetabular, com incidência em 10% da população e 70% em esportistas. Também é responsável por 50% a 80% de todos os casos de artrose de quadril.
    Risco calculadoA síndrome do impacto femoroacetabular pode exigir intervenção cirúrgica, ainda que apenas em casos extremos. Os sintomas da síndrome começam com dores fracas, esporádicas ou contínuas e pioram com a atividade física. O diagnóstico exige um exame clínico acurado, seguido de radiografias, de ressonância nuclear magnética e até de artrorressonância magnética (contraste).
    Esse tipo de síndrome é degenerativa progressiva, daí a importância de diagnóstico e tratamento precoces, sob risco de degeneração definitiva das articulações (artrose), mesmo em atletas mais jovens. As cirurgias da síndrome do impacto femoroacetabular podem ser por corte ou artroscopia do quadril (procedimento minimamente invasivo, com duas pequenas incisões para a passagem de cânulas com câmera e instrumentos).
    Como éNa síndrome do impacto femoroacetabular a borda do osso da bacia e a cabeça do fêmur não se encaixam perfeitamente, provocando atrito entre os ossos, com prejuízos para a cartilagem, que se destaca de modo irreversível. Como uma coisa leva à outra, ocorre também lesão no labrum acetabular, que pode progredir para artrose. Esse problema biomecânico acontece nos extremos da amplitude de movimento (dobrado ou rodado para dentro) ou em explosões de força e é incapacitante, tanto em esportistas jovens como nos experientes (o risco é quatro vezes maior depois de 20 anos de treinamento).


quarta-feira, 27 de julho de 2016

6 dicas para ter a postura certa na corrida

Ter a postura certa durante a corrida parece só um detalhe, mas é tão importante para o atleta quanto outros aspectos técnicos do esporte. Uma execução bem feita dos movimentos garante maior economia de energia, deixando a corrida mais eficiente e reduzindo o risco de pequenas lesões.
Durante a corrida, não é simples lembrar de todos os aspectos para um movimento perfeito. Por isso, separamos algumas dicas simples para o corredor se lembrar nos treinos e nas provas. Um pouco de atenção com algumas partes do corpo durante a corrida já é um grande passo.
Veja as dicas para alinhar a postura:
1 – Cabeça
Olhe para a frente, na linha do horizonte.
2 – Ombro
Devem estar relaxados. Evite correr com os braços elevados e tensionados.
3 – Braço
Paralelos, mantendo os cotovelos flexionados em 90°. O movimento é um cíclico de pêndulo de modo alternado.
4 – Tronco
Tronco e pescoço eretos, e alongados, ligeiramente projetados à frente.
5 – Joelho
Ao tocar o chão, o joelho deve estar ligeiramente flexionado.
6 – Tornozelos
Deixe-os relaxados, para que quando toquem o chão realizem a flexão (dobrar) e ajudem no amortecimento.

Você consegue tocar seus pés? Veja por que essa habilidade é importante

É possível que você não dê muita atenção a quem pergunta: você consegue tocar os dedos dos pés com as mãos? Também é possível que, por questões de anatomia, uma pessoa tenha mais dificuldades que outras para conseguir alcançar os dedos dos pés. Mas culpar a natureza é uma das principais desculpas para evitar a realidade: a falta de flexibilidade do corpo.




Dois estudos recentes sobre os benefícios de poder tocar os dedos dos pés com as mãos sugerem que essa habilidade não indica apenas o grau de flexibilidade do corpo. Também mostra a flexibilidade das artérias coronárias.

Uma pesquisa de 2009 liderada por Kenta Yamamoto, da Universidade do Norte do Texas, nos Estados Unidos, concluiu que um corpo menos flexível em pessoas com mais de 40 anos indica uma maior rigidez das artérias. Outro estudo, feito por quatro cientistas japoneses em 2015, chegou a uma conclusão parecida.


Segundo o trabalho, publicado pelo Centro Nacional para a Informação Biotecnológica dos Estados Unidos, **as pessoas de meia idade podem conter de forma significativa a rigidez arterial se adotarem uma rotina de exercícios de alongamento executada durante 4 semanas.

Os dois estudos concordam que é preciso aprofundar mais o tema e esclarecem que as pessoas que não conseguem tocar os dedos dos pés com as mãos não estão em risco iminente de ter problemas no coração.

Mas o que se sabe é que encostar os pés com as mãos também ajuda a alongar os ombros, as costas e os tendões e ajuda a prevenir dores nas costas.
Desafio

Se for muito difícil tentar alcançar os dedos do pé enquanto estiver de pé, tente se sentar

O site em inglês da BBC lançou um programa chamado The Thouch Your Toes Challenge ("Desafio de Tocar os Dedos do Pé", em tradução livre), com uma lista de exercícios diários que podem ajudar a aumentar a flexibilidade, pouco a pouco, para qualquer pessoa, independentemente de sua capacidade de alongamento.

É importante que esses exercícios sejam constantes e que a pessoa use as mesmas técnicas recomendadas. É possível fazer os exercícios sentado se for muito difícil realizá-los em pé.


O desafio visa melhorar a flexibilidade das pernas e da parte inferior das costas até que você consiga tocar os dedos dos pés.

Os benefícios são muitos: tocar os dedos dos pés alonga a musculatura dos ombros, costas e músculos isquiotibiais ajudando a aumentar a flexibilidade e evitando dores nas costas.



O tempo necessário para alcançar o objetivo vai depender da flexibilidade inicial da pessoa. Se você começar do zero, talvez sejam necessárias 8 semanas, desde que haja o compromisso de fazer os alongamentos diariamente.

E, uma vez que você passe a alcançar os dedos dos pés com facilidade, continue se alongando e praticando até conseguir colocar as palmas das mãos no chão ao lado dos pés.
Rotina diária
1 - Glúteos


Deite de costas com os pés no chão a uma distância parecida com a de seus quadris entre eles.
Levante sua perna esquerda até que seu tornozelo esteja encostado na coxa da perna direita.
O seu joelho esquerdo precisa estar reto enquanto sua perna está dobrada - isto vai trabalhar os músculos direitos.
Levante a perna direita, a que está apoiada no chão.
Use seus braços para levantar um pouco a perna, puxando-a em sua direção.
Segure esta posição contando até 30. Você precisa conseguir sentir o alongamento na parte de trás da coxa.
Troque de perna e repita contando até 30.
2 - Músculos Isquiotibiais


Deite-se no chão com sua perna esquerda estendida para frente.
Levante sua perna direita de forma que ela fique reta. Tente colocá-la o mais alto possível, para chegar a um ângulo de 90 graus.
Coloque suas mãos atrás da coxa para ajudar a manter a perna reta.
Segure e conte até 30. Você vai sentir o alongamento na parte de trás da perna toda.
Troque de perna e repita o alongamento contando até 30.
3 - Alongamento de panturrilha


De pé, coloque as palmas de suas mãos em uma parede, com os braços esticados.
Coloque o pé esquerdo cerca de meio metro diante do pé direito.
Apoie-se contra a parede e dobre sua perna esquerda, levando-a para frente.
Mantenha sua perna direita reta e sinta o alongamento na parte de trás da perna direita.
Segure e conte até 30.
Troque de perna e repita contando até 30.
4 - Tente alcançar os dedos dos pés


De pé ou sentado no chão com as pernas esticadas à sua frente, levante o peito para manter suas costas retas.
Dobre o quadril e se incline para frente estendendo os braços. Importante: não curve as costas! Mantenha a coluna reta.
Sem forçar as costas ou o corpo, toque o corpo com os dedos da mão para saber até onde você consegue chegar.
Segure e conte até 30. Se for muito tempo, conte até 10 segundos e vá aumentando aos poucos.
Repita esse movimento todos os dias e você vai notar avanços a cada vez até conseguir chegar aos dedos dos pés.
Não esqueça:


Controle e registre seus resultados e seu progresso. A motivação varia de pessoa para pessoa mas olhar para os resultados e ver como você avançou sempre ajuda.


Caso você sinta alguma dor ou incômodo nos músculos e articulações, é melhor interromper os exercícios e esperar a dor passar.


Se a dor voltar a aparecer, consulte um preparador físico ou um médico.


E, por fim, faça esses exercícios em um local espaçoso e arejado.

Fonte: 
BBC

Você consegue tocar seus pés? Veja por que essa habilidade é importante

É possível que você não dê muita atenção a quem pergunta: você consegue tocar os dedos dos pés com as mãos? Também é possível que, por questões de anatomia, uma pessoa tenha mais dificuldades que outras para conseguir alcançar os dedos dos pés. Mas culpar a natureza é uma das principais desculpas para evitar a realidade: a falta de flexibilidade do corpo.




Dois estudos recentes sobre os benefícios de poder tocar os dedos dos pés com as mãos sugerem que essa habilidade não indica apenas o grau de flexibilidade do corpo. Também mostra a flexibilidade das artérias coronárias.

Uma pesquisa de 2009 liderada por Kenta Yamamoto, da Universidade do Norte do Texas, nos Estados Unidos, concluiu que um corpo menos flexível em pessoas com mais de 40 anos indica uma maior rigidez das artérias. Outro estudo, feito por quatro cientistas japoneses em 2015, chegou a uma conclusão parecida.


Segundo o trabalho, publicado pelo Centro Nacional para a Informação Biotecnológica dos Estados Unidos, **as pessoas de meia idade podem conter de forma significativa a rigidez arterial se adotarem uma rotina de exercícios de alongamento executada durante 4 semanas.

Os dois estudos concordam que é preciso aprofundar mais o tema e esclarecem que as pessoas que não conseguem tocar os dedos dos pés com as mãos não estão em risco iminente de ter problemas no coração.

Mas o que se sabe é que encostar os pés com as mãos também ajuda a alongar os ombros, as costas e os tendões e ajuda a prevenir dores nas costas.
Desafio

Se for muito difícil tentar alcançar os dedos do pé enquanto estiver de pé, tente se sentar

O site em inglês da BBC lançou um programa chamado The Thouch Your Toes Challenge ("Desafio de Tocar os Dedos do Pé", em tradução livre), com uma lista de exercícios diários que podem ajudar a aumentar a flexibilidade, pouco a pouco, para qualquer pessoa, independentemente de sua capacidade de alongamento.

É importante que esses exercícios sejam constantes e que a pessoa use as mesmas técnicas recomendadas. É possível fazer os exercícios sentado se for muito difícil realizá-los em pé.


O desafio visa melhorar a flexibilidade das pernas e da parte inferior das costas até que você consiga tocar os dedos dos pés.

Os benefícios são muitos: tocar os dedos dos pés alonga a musculatura dos ombros, costas e músculos isquiotibiais ajudando a aumentar a flexibilidade e evitando dores nas costas.



O tempo necessário para alcançar o objetivo vai depender da flexibilidade inicial da pessoa. Se você começar do zero, talvez sejam necessárias 8 semanas, desde que haja o compromisso de fazer os alongamentos diariamente.

E, uma vez que você passe a alcançar os dedos dos pés com facilidade, continue se alongando e praticando até conseguir colocar as palmas das mãos no chão ao lado dos pés.
Rotina diária
1 - Glúteos


Deite de costas com os pés no chão a uma distância parecida com a de seus quadris entre eles.
Levante sua perna esquerda até que seu tornozelo esteja encostado na coxa da perna direita.
O seu joelho esquerdo precisa estar reto enquanto sua perna está dobrada - isto vai trabalhar os músculos direitos.
Levante a perna direita, a que está apoiada no chão.
Use seus braços para levantar um pouco a perna, puxando-a em sua direção.
Segure esta posição contando até 30. Você precisa conseguir sentir o alongamento na parte de trás da coxa.
Troque de perna e repita contando até 30.
2 - Músculos Isquiotibiais


Deite-se no chão com sua perna esquerda estendida para frente.
Levante sua perna direita de forma que ela fique reta. Tente colocá-la o mais alto possível, para chegar a um ângulo de 90 graus.
Coloque suas mãos atrás da coxa para ajudar a manter a perna reta.
Segure e conte até 30. Você vai sentir o alongamento na parte de trás da perna toda.
Troque de perna e repita o alongamento contando até 30.
3 - Alongamento de panturrilha


De pé, coloque as palmas de suas mãos em uma parede, com os braços esticados.
Coloque o pé esquerdo cerca de meio metro diante do pé direito.
Apoie-se contra a parede e dobre sua perna esquerda, levando-a para frente.
Mantenha sua perna direita reta e sinta o alongamento na parte de trás da perna direita.
Segure e conte até 30.
Troque de perna e repita contando até 30.
4 - Tente alcançar os dedos dos pés


De pé ou sentado no chão com as pernas esticadas à sua frente, levante o peito para manter suas costas retas.
Dobre o quadril e se incline para frente estendendo os braços. Importante: não curve as costas! Mantenha a coluna reta.
Sem forçar as costas ou o corpo, toque o corpo com os dedos da mão para saber até onde você consegue chegar.
Segure e conte até 30. Se for muito tempo, conte até 10 segundos e vá aumentando aos poucos.
Repita esse movimento todos os dias e você vai notar avanços a cada vez até conseguir chegar aos dedos dos pés.
Não esqueça:


Controle e registre seus resultados e seu progresso. A motivação varia de pessoa para pessoa mas olhar para os resultados e ver como você avançou sempre ajuda.


Caso você sinta alguma dor ou incômodo nos músculos e articulações, é melhor interromper os exercícios e esperar a dor passar.


Se a dor voltar a aparecer, consulte um preparador físico ou um médico.


E, por fim, faça esses exercícios em um local espaçoso e arejado.

Fonte: 
BBC

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Misturar álcool e energético aumenta risco de intoxicação

Misturar bebidas alcoólicas com energéticas aumenta o desejo por álcool.  De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Alcoholism: Clinical and Experimental Research, o consumo simultâneo de bebidas com cafeína e álcool pode levar a um aumento do que os especialistas chamam de beber em binge.
A prática, comum principalmente entre jovens, consiste em ingerir pelo menos cinco doses de bebida alcoólica, no caso dos homens, ou quatro doses, no caso das mulheres, em um período de duas horas. Esse comportamento é particularmente nocivo pois, além de aumentar a probabilidade de intoxicação, também está associado a um aumento do comportamento de risco, como dirigir embrigado, ter relação sexual sem preservativo e utilizar outras drogas.
No novo estudo, pesquisadores da Universidade Northern Kentucky, nos Estados Unidos, realizaram um experimento com 26 adultos (13 homens e 13 mulheres), da mesma idade e que tinham o hábito de beber socialmente. Ao longo de seis sessões, os participantes receberam uma das seis misturas seguintes: vodca com refrigerante descafeinado, vodca e uma bebida energética média, vodca e uma bebida energética grande, um refrigerante descafeinado, uma bebida energética média ou uma bebida energética grande. 
Ao final de cada sessão os participantes precisavam classificar o seu desejo por álcool e realizavam um teste do bafômetro que media a concentração de álcool no organismo. Os resultados mostraram que ingerir a bebida alcoólica pura já aumenta o desejo por mais bebida. Quando ela é misturada a um energético, contudo, essa vontade fica ainda maior. Já a mistura de vodca com refrigerante descafeinado não obteve esse efeito.
De acordo com os autores, esse estudo fornece evidência de que a mistura de vodca (ou qualquer outra bebida alcoólica) com energético leva a um maior desejo de beber álcool, em comparação com a mesma quantidade de álcool consumida sozinha. Os resultados também são consistentes com estudos em animais que mostraram que a cafeína incrementa as propriedades de recompensa do álcool.

Efeitos no organismo

Pesquisas anteriores já haviam advertido que a cafeína mascara os efeitos intoxicantes do álcool, o que pode levar a comportamentos mais arriscados, como o beber em binge. Isso ocorre principalmente porque as pessoas não percebem o próprio nível de embriaguez.
Inicialmente, o álcool age no sistema dopaminérgico do cérebro, causando euforia e desinibição. Com a ingestão de mais doses, a bebida passa a comprometer o sistema gabaérgico, responsável por funções vitais do corpo: controle da temperatura, respiração e batimentos cardíacos.
No início da intoxicação, os sintomas são tontura, dificuldade de ficar acordado, fala enrolada e confusão mental, que começam a se manifestar em média 20 minutos após a ingestão de álcool. Depois, ocorrem os sintomas mais graves: pulso fraco e rápido, pele fria e pálida, cheiro forte de álcool saindo da pele, respiração irregular, vômito, desmaio e coma. Beber em binge pode retardar o aparecimento dos primeiros sinais de embriaguez. Assim, sem a pessoa se dar conta, aparecem os sintomas mais graves e ela precisa ser encaminhada para o hospital com urgência.
Segundo Zila van der Meer Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, a mistura de alguma bebida alcoólica, em geral vodca, com energético, aumenta a chance da necessidade de atendimento em urgências hospitalares por efeitos agudos intoxicação alcoólica.Ainda não se sabe de que forma a cafeína aumenta a fissura pelo álcool, mas a especialista, que também é coordenadora do projeto Balada com Ciência da Unifesp e pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), acredita que pode ser um mecanismo comportamental. “O álcool, inicialmente, deixa a pessoa mais descontraída, e o energético mais alerta. Como o energético mascara o efeito depressivo do álcool, a pessoa só sente a parte positiva. Com isso, a sensação de bem-estar estimula o consumo excessivo”, explica.

Treino em escadas: quando e por que fazer?

O treino em escadas é um grande aliado para quem busca a melhora de performance na corrida. Subir degraus pode ser considerado um exercício aeróbico que fortalece os membros inferiores, deixando músculos importantes para o movimento da corrida, das pernas e glúteos, fortalecidos. “Este tipo de treino é indicado quando o corredor busca melhorar a força e também o condicionamento físico. Deve ser utilizado em um momento específico da preparação para que não cause problemas dentro do ciclo proposto”, explica o treinador Leandro Sandoval.
Além dos ganhos citados, o treino em escadas também promove um alto gasto calórico. Outro benefício para os que gostam de disputar provas é que a resistência e a força adquiridas serão de grande valia quando o atleta tiver pela frente uma subida em uma disputa.
Esse tipo de treino pode ser praticado por qualquer tipo de pessoa, porém, quem sofre com algum problema físico deve ter cuidado redobrado. “Tanto para subir, quanto para descer, pessoas que têm qualquer tipo de problema articular ou lesão devem evitar esse tipo de atividade. Os demais devem analisar sempre junto ao seu treinador qual a melhor forma de executar e a quantidade ideal a ser feita”, recomenda o treinador.
Os maiores cuidados são com o nível de esforço e com o impacto. Por isso, é sempre recomendado fazer esse tipo de treino sob a orientação de um profissional.
(Fonte: Leandro Sandoval, treinador da assessoria esportiva Life Training.)

sábado, 23 de julho de 2016

Como deve ser a recuperação pós-prova?

Após encarar uma prova, seja ela curta ou longa, muitos atletas acham que devem tirar merecidos dias de descanso. O pensamento parece justo, mas ao ficarem muitos dias sem treinar após um grande esforço, os atletas, na verdade, dificultam ainda mais a recuperação muscular. Apesar do cansaço, é importante que o corredor mantenha sua rotina de treinamento, além de prestar atenção na alimentação e na hidratação.
Segundo Nelson Evêncio, treinador e presidente da ATC (Associação de Treinadores de Corrida), após uma prova ou treino intenso, a musculatura do corredor sofre algumas microlesões que precisam ser reparadas. “Para acelerar esse processo é que servem os treinos regenerativos, ou de recuperação, que ativam a musculatura de forma leve, aumentando o fluxo sanguíneo e irrigando de sangue e oxigenando a musculatura”, explica. “Quanto mais competitivo for o atleta, mais importância ele deve dar a esses treinos, pois vão ajudá-lo a preparar o organismo para o próximo desafio”.
Como fazer
O tipo de treino de recuperação a ser feito vai depender de uma série de fatores, como tempo de treinamento, nível técnico do corredor, intensidade aplicada na prova e intervalo até o próximo desafio. Independentemente disso, contudo, é importante que ele envolva uma distância menor e em ritmo bem confortável.
“Um atleta experiente que acaba de completar 21 km, por exemplo, normalmente treina leve no dia seguinte para acelerar o processo de recuperação e descansa apenas no segundo dia. Já a maioria que acaba de completar uma maratona nem consegue correr no dia subsequente. Neste caso é melhor caminhar, massagear a musculatura e fazer alongamentos não muito fortes”, diz o treinador.
Treinos complementares
O retorno para as atividades complementares também deve ser feito de maneira planejada. Na opinião de Nelson, pilates e musculação dos membros inferiores devem ser retomados apenas no terceiro dia após a prova. Se for maratona, somente na outra semana. Já a bike, por não ter impacto, pode ser feita no dia seguinte – com exceção dos maratonistas – se for em baixa intensidade e livre de subidas.
Alimentação
A quantidade exata de cada nutriente deve ser calculada de acordo com alguns fatores individuais, mas estudos indicam que a refeição pós-prova deve conter uma proporção de 4 g de carboidratos para 1 g de proteínas. “Essa relação facilita a reposição do glicogênio e a recuperação muscular”, afirma a nutricionista e atleta Liane Schwarz Buchman.
A especialista inclui, ainda, outros micronutrientes que também são muito benéficos para acelerar a recuperação, principalmente pelos seus potenciais anti-inflamatórios e antioxidantes. São eles os minerais, vitaminas e compostos fenólicos, que minimizam os danos causados pelo excesso de radicais livres formados durante o esforço prolongado. Abaixo, algumas sugestões de alimentos fontes desses nutrientes:
Carboidratos: pães, frutas, batatas, mandiocas e tapioca
Proteínas: leite, queijo, ovos, frango, peixe e carnes
Vitamina C: frutas cítricas e as berries
Minerais antioxidantes: castanhas, açaí, abacate e curcuma
Ingerir esses alimentos, contudo, pode não ser tão simples. “Assim que acaba a prova, costuma ser difícil esse cuidado com a alimentação, mesmo porque, na maioria das vezes, o esforço intenso nos tira a fome”, diz a nutricionista. Porém, quanto mais rápida for essa reposição, melhor. Pesquisas sugerem que ela é otimizada em até 1h30 após o término do esforço. “Por isso, um suplemento ou bebida natural que contenha esses nutrientes podem ser, muitas vezes, uma sugestão mais eficiente, até porque ajudam também na reidratação”.
Hidratação
Essa deve ser uma prioridade para o atleta, já que diversos processos fisiológicos na recuperação orgânica necessitam de água. “A desidratação causa dor de cabeça, náuseas, cansaço extremo, podendo agravar para complicações como desmaios e até óbito”, alerta Liane.
Para evitar esses problemas, ela explica que é preconizada pelo American College of Sports Medicine (2007) a ingestão de 1,5l de água para cada quilo perdido. Para fazer esse cálculo exato, o ideal seria o atleta se pesar antes e depois da prova, o que nem sempre é viável. “Outro método simples e bastante eficaz, portanto, é seguir bebendo logo após a corrida e durante todo o dia, prestando sempre atenção à coloração da urina, que deve estar mais clara a cada ida ao banheiro”.
Fontes: Nelson Evêncio, Presidente da ATC (Associação de Treinadores de Corrida) e diretor técnico da Nelson Evêncio Assessoria Esportiva; e Liane Schwarz Buchman, nutricionista esportiva pela USP, educadora física pela FMU, triatleta e maratonista

Aterrissagem com o médio pé: veja os benefícios

Muitos corredores não sabem ao certo qual é a melhor forma de aterrissar o pé na hora das passadas. É melhor com o calcanhar ou com o médio pé (a parte do meio do pé)? O tema é foco de pesquisas e levanta algumas discussões, mas cada vez mais os treinadores defendem o pouso com a parte do meio do pé.
Para Eduardo Bigarelli, diretor-técnico da Bigah Runner, usar o médio pé é a melhor maneira de ter uma corrida confortável e reduzir o risco de lesões. “Estudos mais recentes indicam que aterrissar com o médio pé tem atenuado o pico de impacto, diminuindo, assim, os riscos de lesões”, diz o treinador.
Bigarelli ressalta, no entanto, que cada um tem sua maneira de correr, por isso as eventuais mudanças exigem adaptações graduais. “A aterrissagem pode causar problemas na vida de um corredor. É a hora do impacto, quando existe muito desgaste, podendo causar grande número de lesões no quadril e nos joelhos. Também pode causar desequilíbrio nas estruturas musculares, fazendo com que o movimento deixe de ser natural”, alerta Bigarelli.
Mais velocidade
Ao usar o médio pé, o impacto nas articulações e nos músculos é reduzido, transformando a sobrecarga em energia. Dessa forma, o corredor terá mais disposição durante a corrida.
Evitar lesões
Para Bigarelli, a aterrissagem com o calcanhar pode causar mais lesões. “A aterrissagem com o calcanhar leva muito mais impacto ao joelho, pois no momento da carga os joelhos estão estendidos. Além disso, acontece um maior impacto sobre articulações e isso freia o movimento natural, quanto o correto seria impulsionar o movimento”, explica.
Casos e casos
Embora defenda a aterrissagem com o médio pé, o treinador destaca que o movimento deve ser o mais natural possível para cada um. Não existe uma regra absoluta.
“A forma mais correta é a mais natural possível. Isso vem da vivência motora da pessoa. Já vi corredores fazendo maratonas sem sequer tocarem o calcanhar no solo. Eles já estavam muito bem adaptados a isso e não sentiam nenhum incômodo”.
Por isso, para o iniciante, é importante a consulta com um treinador para uma análise da melhor forma de aterrissagem. Cada corredor terá sua preferência.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Tire melhor proveito do treino na esteira

Você costuma usar a esteira como aliada do seu treino? Ela também é um recurso para os treinos de corrida em dias frios, chuvosos ou quentes demais? Realmente, esse é um dos equipamentos mais conhecidos dentro das academias. Mas, por mais simples que possa parecer, existem alguns truques que fazem com que você tire o melhor proveito do treino na esteira. Listamos os quatro principais para que você ganhe rendimento.
1. Não segure a esteira
O aparelho tem como objetivo principal simular a caminhada ou a corrida na rua. Dificilmente, você fará na rua uma caminhada com o auxílio de algum acessório para lhe ajudar no equilíbrio ou na sustentação da postura. Portanto, o uso do aparelho com apoio das mãos só é aceitável para aqueles que estão iniciando a vivência na esteira ou para mensurar a frequência cardíaca pelos sensores que, geralmente, ficam no apoio da barra frontal.
Se você usa esse apoio constantemente durante o exercício, traz mudanças biomecânicas para o exercício, causando compensações posturais. Isso fará com que a corrida de rua se torne muito mais difícil. Um exemplo clássico é quando o usuário coloca uma inclinação na esteira, mas, em vez de ajustar a posição do corpo, inclinando-o para frente, continua segurando no corrimão e mantendo a mesma posição de quando a esteira estava sem inclinação. Isso também acontece quando há o aumento da velocidade. Na realidade, ao fazer isso seu treino continua com a mesma intensidade.
Se não conseguir fazer o treino na esteira sem segurar o aparelho, diminua a velocidade e, aos poucos, tente soltar as mãos. No começo pode parecer difícil e até dar tontura, mas com o tempo você se acostuma.2. Mecânica do movimento
Uma das maiores diferenças entre a esteira e caminhar ou correr na rua é a mecânica da máquina. Enquanto na rua você precisa se impulsionar para frente para a fase final do movimento da corrida, na esteira essa fase de propulsão é facilitada pela lona. Isso acarreta mudanças significativas na mecânica natural da corrida. O fato de você diminuir a ação do deslocamento à frente tende a fazer com que você salte mais na esteira. Isso resulta em maiores impactos nas articulações do tornozelo, do joelho e do quadril.
3. Uso do celular e desatenção
Com o avanço da tecnologia e o aprimoramento dos aparelhos celulares, hoje é normal vermos pessoas fazendo o treino na esteira com o celular nas mãos. Isso torna o exercício muito perigoso. Usar o celular ao mesmo tempo em que você corre ou caminha pode fazer com que tropece e (até) caia do aparelho por falta de atenção. Isso acontece também quando você perde o foco por estar assistindo televisão ou conversando com o colega da esteira ao lado.
Para evitar o problema, basta parar o equipamento ou até mesmo pisar fora da lona enquanto necessita digitar algo importante ou conversar com alguém ao lado, ações que necessitam de atenção.
4. Treino com acelerações curtas
Fazer treinos de tiros na esteira traz a facilidade de controlar melhor as velocidades, além de mensurar, através dos tempos, como está o seu condicionamento físico. Mas esse tipo de benefício pode confundi-lo. Para quem gosta de fazer treinos por distâncias mais curtas, como 100, 200 ou 300 metros, a esteira não é a melhor opção. Primeiro porque leva certo tempo até que a velocidade desejada seja alcançada pelo aparelho, e esses segundos preciosos de aumento progressivo pelo motor da esteira podem descaracterizar o seu treino. Segundo porque o fato de você subestimar a fase de saída do antepé da esteira altera a eficiência mecânica desse tipo de treino, que tem como característica a pisada com o antepé quase o tempo todo.
(Fonte: Felippe Norimatsu, professor responsável pelos treinos de corrida na Reebok)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Fascite Plantar

Você toca o chão ao se levantar e sente aquela dorzinha na sola dos pés. A sensação de ter pisado em um alfinete ou  e tomar um pequeno choque elétrico é o primeiro sinal da fascite plantar, inflamação ocasionada por  microtraumatismos de repetição na espessa estrutura fibrosa que vai do osso do calcanhar até a base dos dedos, chamada fáscia plantar. A dor, evidente pela manhã (o sono encurta músculos dorsiflexores), pode aparecer também depois de um tempo sentado ou breves descansos, e permanecer por todo o dia, fazendo uma pessoa entortar os passos ou caminhar somente na ponta dos pés. As primeiras vítimas potenciais da fascite são os corredores, ocasionais ou maratonistas, que exageram na intensidade dos treinos. Incluindo aí, principalmente, modalidades como tiros e longões, que alteram a dinâmica das passadas.
São candidatos também os obesos, mulheres que usam muito salto alto, quem passa muito tempo em pé ou caminhando, quem tem pisada excessivamente para dentro ou para fora, e pessoas com problemas de postura ou vícios ao caminhar.
Cerca de 2,5 milhões de norte-americanos sofrem de fascite plantar, enquanto no Brasil somos 1 milhão de pacientes.
Como acontece
A fáscia plantar é uma estrutura de proteção dos músculos, com poder de absorver os impactos e proteger os ossos (26 nos pés). Ela não só sustenta, mas é presa a músculos intrínsecos e a ligamentos do pé. Ao caminhar ou correr, a planta do pé distribui o peso do corpo e absorve os impactos em vários pontos da fáscia, um deles no osso do calcanhar (calcâneo). As forças de tração ao longo desse apoio podem desencadear um processo inflamatório, fibrose ou degeneração dessas fibras faciais a partir do osso, daí a fascite plantar.
Iniciar tratamento logo nos primeiros sintomas das fascite plantar economiza tempo de recuperação — de seis a dez meses. A fascite plantar não deve ser confundida com outras fraturas por estresse (fissuras no osso) e o chamado esporão calcâneo (calcificação). Somente nesses casos a dor vem acompanhada de inchaços no local.
• Pronação e supinação excessivas na pisada
• Traumatismos intensos de repetição por corrida em piso duro
• Aumento da amplitude das passadas na corrida
• Encurtamento ou rigidez da musculatura da panturrilha
• Diferença no comprimento das pernas
• Uso contínuo de calçados muito baixos: sapatênis e sapatilhas
• Esforço prolongado de pé, sob musculatura curta e pés muito cavos ou planos
• Falta de força e equilíbrio nas pernas para praticar esportes
• Entortar pisadas e andar na ponta dos pés para aliviar dores

• Dor no primeiro passo ao levantar ou depois de relaxar músculos
• Dor na palpação debaixo dos pés e ao andar
• Sola do pé mais rígida, retraída e sensível
• Interrupção das dores durante a corrida
• Retorno da dor durante o dia
• Fisioterapia analgésica e anti-inflamatória
• Repouso, próteses e palmilhas para impacto
• Massagens com bolinhas de tênis ou pequenos roletes de madeira na sola dos pés
• Técnicas de crochetagem (ganchos) para romper pontos de fibrose
• Ondas de choque extracorpóreas para pacientes que têm o problema há mais de seis meses

• Aquecimento específico, para quadril, pernas e área dos pés
• Evite tênis desgastados ou inadequados ao seu tipo de pisada
• Modere nos treinos de tiro, corridas longas e esforços com pesos
• Rolar os pés sobre garrafa de água congelada (500 ml) por 15’
• Fazer exercícios de musculação para as coxas e de equilíbrio nas pernas (propriocepção)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dicionário do corredor

Pensando em todos os corredores iniciantes que não estão acostumados com os termos da corrida, nós da O2 Por Minuto separamos os principais termos utilizados no mundo da corrida que todo corredor iniciante deve saber.
Aos poucos, fartlek, longão e pace serão palavras comuns em seu “dicionário do corredor”.
Confira:
AltimetriaRepresenta por gráficos, indica as variações de altitude, ou seja, as subidas e descidas do percurso.
Fartlek
Treino contínuo em que o corredor alterna ritmos fortes e leves a cada espaço de tempo ou distância.
Intervalado
Método em que se corre em alta intensidade e faz um intervalo entre uma repetição e outra.
Longão
Treino em que se percorrem muitos quilômetros em ritmo constante.
Pace
Corresponde ao tempo que se leva para percorrer 1km.
Pipoca
Atleta que participa de uma corrida sem estar inscrito.
Quebrar
Quando o atleta não completa uma prova ou precisa diminuir o ritmo para chegar até o final.
Treino regenerativo
Treino de baixa intensidade que ajuda a evitar lesões musculares.
VO2 Máximo
Volume máximo de oxigênio que o corpo consome durante o exercício.
Matéria publicada na Revista O2 (edição 157 – junho de 20016).

Quando e por que usar gel de carboidrato?

Companheiro de muitos corredores em treinos ou provas longas, o gel de carboidrato é um suplemento recomendado por sua praticidade e fornece energia durante o exercício e ajuda na recuperação. Seu consumo, contudo, costuma gerar muitas dúvidas entre os atletas que estão começando a se aventurar em distâncias maiores. Por isso, listamos a seguir as cinco principais perguntas sobre o consumo do gel.
Para que serve o gel de carboidrato?
De acordo com a nutricionista esportiva e maratonista Liane Schwarz Buchman, a função desse tipo de suplemento é manter, de forma rápida e prática, a quantidade ideal de carboidratos no organismo para minimizar a perda de glicogênio muscular e hepático utilizados como fonte de energia durante a atividade. “Ao ingeri-lo, o corredor consegue manter uma performance melhor, ficar mais motivado e ainda evitar o risco de lesões”.
Do que são feitos?
Existem diversas marcas de gel no mercado, porém nem todos são iguais. “A maioria contém os seguintes carboidratos: maltodextrina, frutose, dextrose, ribose e waxymaise, pois estudos indicam que a associação de dois ou mais tipos de carboidratos facilita e otimiza a oxidação desse nutriente, ou seja, é melhor para a performance”, explica Liane.
Além destes nutrientes, podem conter também proteínas (especialmente soro do leite – whey protein), aminoácidos, como o BCAA, ou até mesmo cafeína, que tem potencial ergogênico (de melhora de performance). “Existem algumas empresas que oferecem esses nutrientes nas versões orgânicas, ou seja, sem aditivos químicos, corantes etc.”, complementa a nutricionista.
Quando consumir?
De maneira geral, temos um estoque de carboidrato no organismo que dura cerca de 60 minutos. “Por isso que, na maioria das vezes, se o exercício tiver duração superior a isso, devemos repor com cerca de 30-60 g de carboidratos para cada hora adicional”, explica. Contudo, dependendo da estratégia de prova do atleta, isso pode ser dividido a cada meia hora e planejado de acordo com os postos de hidratação. Portanto, o ideal é que a quantidade e a forma de suplementar sejam estudadas e experimentadas individualmente.
Alguns corredores fazem uso do gel antes da largada para terem um desempenho ainda melhor. “Muitos estudos afirmam que o consumo de carboidratos cerca de 20 minutos antes de treinos ou provas mais intensas minimiza a sensação de cansaço e o risco de elevação da insulina e de queda de glicemia”.
Por que devemos ingerir o gel com água?
O consumo com a água é importante para diluir o gel e, dessa forma, facilitar a absorção do carboidrato, pois concentrações altas do nutriente aumentam as chances de desconfortos gastrointestinais e de desidratação. É por isso que muitos atletas relatam sentir náuseas, diarreia e até vômitos após ingerirem o gel.
Podem ser substituídos por alimentos?
Liane explica que é possível encontrar carboidratos em vários alimentos, como frutas, batatas, mandioca. Mas antes de usá-los em provas, é fundamental que sejam testados anteriormente durante os treinos. “Existem as vantagens e desvantagens de cada método. A fruta, por exemplo, é rica em vitaminas e minerais, mas pode conter alta concentração de frutose, que também causa desconfortos gástricos. Apesar disso, não contem aditivos químicos e é mais barata”.
Fonte: Liane Schwarz Buchman, nutricionista esportiva pela USP, educadora física pela FMU, triatleta e maratonista


quarta-feira, 13 de julho de 2016

3 dicas para ser mais veloz na meia maratona

O corredor que já está acostumado aos 21 km e almeja um melhor rendimento na distância, buscando ganhar velocidade, enfrenta o desafio de ajustar o novo volume de treino com esse objetivo. Por isso, o treinador Lucas Santos, da Lobo Assessoria Esportiva, listou algumas dicas que irão facilitar esse caminho.
Equilíbrio no treinoO treino para quem busca velocidade na meia maratona tem o acréscimo de mais tiros em meio aos famosos longões. É preciso saber equilibrar os dois tipos de exercício.
Os treinos de tiro em alta intensidade elevam a acidez, e é só a maior repetição desses treinos que fará o corpo se adaptar a esse fenômeno. “Isso irá melhorar a capacidade de tamponamento no músculo e no sangue, o que ajudará a diminuir o problema da acidez”, explica o treinador.
Lucas Santos ainda ressalta que essas adaptações resultarão na melhora do tempo em outras distâncias, como por exemplo nos 10 km. Consequentemente, isso contribuirá para a meia maratona, já que o corredor fará a metade da prova mais rapidamente que o habitual.
PosturaUma das formas de melhorar a corrida como um todo e, consequentemente, ganhar mais velocidade é acertar a postura. “Para aumentar a velocidade será preciso adotar uma postura mais ereta. Isso facilita a perna a girar mais e a deslocar o tronco para frente, o que dará mais velocidade”, diz o treinador.
TerrenoOs melhores lugares para o treino de velocidade são os planos. “Fazer tiros muitos intensos em terrenos esburacados ou inclinados lateralmente (ex: perto da guia) pode facilitar as chances de torção ou o aumento de sobrecarga em uma das pernas”, alerta Lucas Santos.
Uma das possibilidades mais seguras é treinar em pista de atletismo. O corredor não irá se preocupar com buracos, inclinações ou empecilhos que são comuns nas ruas. Caso seja inviável o treino em pista, o ideal é procurar um local que seja o mais plano e tranquilo possível.Por lucastornioli

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A banca de ouro de Lula



Temeroso com a possibilidade de ser preso, o ex-presidente se cerca de um time composto por mais de vinte advogados e junto com o Governo abre uma chicana de ações para tentar postergar os processos contra ele e Dilma na Justiça
Antonio Carlos Prado e Ludmilla Amaral
Em algumas paredes das galerias da Penitenciária Feminina Sant’Ana, o maior presídio de mulheres da América Latina, localizado em São Paulo, está escrito em caligrafia muito torta: “quem fala a verdade não precisa de advogado, quem fala meia verdade precisa de um, quem mente inteiro é bom ter dois”. Não há notícias de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha feito alguma visita a essa prisão, mas é muito provável que ele conheça os dizeres registrados naqueles muros.
Para enfrentar as descobertas da operação Lava Jato, tentar se defender das acusações que pesam contra si e procurar se esconder sob a prerrogativa do foro privilegiado, Lula escalou um pelotão composto por 21 advogados, entre eles seis dos mais notáveis do País que desembarcaram no caso na semana passada. E, segundo apurou ISTOÉ, após a Páscoa todos ficarão sob a coordenação de um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, hoje aposentado – ele já teria até se apresentado ao juiz federal Sérgio Moro, coordenador da operação Lava Jato.
Ouvidos por ISTOÉ, dois dos advogados arregimentados por Lula asseguraram que nada estão recebendo pelo trabalho e que fazem parte desse time “em respeito à história do ex-presidente”. No mercado jurídico, no entanto, comenta-se que, para remunerar uma equipe do porte da que foi montada, Lula teria de gastar cerca de R$ 15 milhões apenas pelo habeas corpus encaminhado ao STF no último domingo. Oficialmente Lula ainda sequer é réu, e o exército de juristas escalados por ele mostra, na prática, uma tentativa de usar nomes consagrados do Direito para tentar intimidar o Judiciário.
“Bateu o medo em Lula”, afirma um advogado a quem o ex-presidente costuma recorrer sempre que se vê juridicamente acuado. Nem mesmo a decisão do ministro Teori Zavascki, proferida na noite da terça-feira 22, deixou Lula tranquilo. Atendendo a demanda da Advocacia Geral da União (AGU), Zavascki determinou que o juiz Sérgio Moro remeta ao STF as investigações envolvendo o ex-presidente na Lava Jato e decretou sigilo sobre as conversas telefônicas interceptadas. Zavascki manteve, no entanto, a decisão do STF que impede a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil.
“Ele sabe que a decisão é provisória. E sabe ainda que não conta com a simpatia da Corte”, disse um dos advogados de Lula na quarta-feira 23. A possibilidade real de ir para a cadeia deixa o ex-presidente em estado de pânico e isso também explica a montagem de uma banca de ouro advocatícia. Eles pertencem a oito escritórios diferentes. Alguns desses advogados se reúnem pelo menos uma vez por semana em São Paulo para encontrar saídas para Lula, a partir do bom trânsito que possuem nos tribunais superiores.
ais reuniões são tão secretas que, nelas, os advogados são obrigados a desligarem seus celulares. O ex-presidente Lula tem o direito de possuir na Justiça quantos patronos quiser. O que se cogita no meio jurídico, porém, é que ele colocou ao seu redor um time tão grande e qualificado também como forma de “tentar auxiliar” a AGU em sua “anemia teórica que a faz cometer uma série de erros”. É verdade que a decisão de Zavascki pode representar uma vitória transitória da AGU, mas seus erros têm sido frequentes.
O último deles ficou visível na madrugada da terça-feira quando o ministro do STF Luiz Fux rejeitou mandado de segurança contra a liminar de Gilmar Mendes – a liminar impediu a posse de Lula como ministro da Casa Civil. Qualquer estagiário de Direito sabe que não cabe esse tipo de recurso contra uma decisão monocrática de ministro do STF. O mais surpreendente é que os advogados do ex-presidente incorrem no mesmo amadorismo e insistem em recursos sem respaldo na jurisprudência – só trocaram mandado de segurança por habeas corpus, esquecendo que também esse remédio jurídico não tem efeito para alterar decisão monocrática de ministro da Corte.
O habeas corpus questionando a posição de Gilmar Mendes caiu primeiramente sob a relatoria do ministro Luiz Edson Fachin. Por ser padrinho de casamento da filha de um dos defensores, ele se deu por “impedido” mas sinalizou o que faria se pudesse julgá-lo: rejeitou habeas corpus idêntico, vindo do advogado Samuel José da Silva, que não integra a equipe de defesa (essa ação é apenas uma entre as quase 300 que estão distribuídas em todo o País). Ao rejeitar o pedido de Silva, ficou claro que Fachin também não atenderia à expectativa dos advogados de Lula. Feito novo sorteio, caiu a relatoria com a ministra Rosa Weber, que negou o habeas corpus.
Gilmar Mendes, ministro do STF, sobre o fato de Dilma ter tentado nomear Lula
para a Casa Civil: É preciso muita desfaçatez para manobrar assim as instituições.
É preciso ter perdido o limite que distingue civilização de barbárie
Ou seja: Lula continua fora do governo, sem foro privilegiado. E tudo indica que, nos próximos dias, voltará a ficar sob as determinações de Moro, especialmente no que diz respeito ao sítio de Atibaia e ao apartamento tríplex no Guarujá. “Lula leva bons profissionais a se equivocarem porque ele esperneia para todos os lados”, disse um ex-advogado do petista. É verdade. Nos últimos tempos ele se insurgiu em relação à Polícia Federal, disparou contra Moro, condenou o Ministério Público e os tribunais superiores, criticou a mídia, esgoelou em palanque da avenida Paulista, em São Paulo, e entupiu de recursos o STF e juizados de primeira instância inconformado com a perda do foro privilegiado.
O problema é que, diante da Lava Jato, o peso político de patronos consagrados não tem intimidado o Ministério Público nem o juiz. E, mesmo em Brasília, defensores com bom trânsito nas instâncias superiores do Judiciário não estão colecionando vitórias. Por que advogados tão conceituados lançaram mão de habeas corpus, apostando que ganhariam da jurisprudência? A primeira resposta, vinda da maioria dos juristas, é redundante: “Lula está deixando até Deus atarantado”, disse um dos advogados da própria banca.
Pavor: Sem o cargo de ministro, ele vive atarantado
com o fantasma da prisão
A segunda resposta é surpreendente: entre os mais notáveis defensores do ex-presidente não há criminalistas consagrados. E o problema de Lula é criminal. Não se trata de uma questão política/jurídica. É apenas criminal. Lula e sua defesa têm, assim, dado voltas para não sair do mesmo lugar – e tal lugar é perder. O que fazer agora? Essa é a questão que a própria banca se colocou depois da decisão de Zavascki. “Nada, absolutamente nada. Não é fazendo chover recurso que um inocente se defende”, disse um advogado bastante próximo à equipe de Lula.
Outro jurista, um dos mais conceituados do País, poucas horas antes da decisão de Rosa Weber, qualificava o habeas corpus como “inócuo e midiático”. Igualmente inócuo foi o recurso apresentado há mais de um mês pelos defensores do ex-presidente, antes ainda de ele ser nomeado ministro, pedindo então que o STF paralisasse a investigação do Ministério Público Federal (leia-se Lava Jato), uma vez que corria investigação no MP paulista devido à quebra da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).
Também nesse caso a relatora sorteada foi Rosa Weber, e ela não viu nenhuma incompatibilidade nas investigações feitas em duas frentes. Pode-se dizer que, a partir daí, Lula montou o seu acampamento no STF e acumulou derrotas. Na quarta-feira a presidente Dilma já cogitava arranjar para Lula um cargo informal no governo. Nesse caso, ele não teria foro privilegiado, mas, como disse o pensador republicano Joaquim Nabuco, “não se deve ser ministro somente para usufruir as vantagens do poder”.