quinta-feira, 30 de junho de 2016

Bursite Trocantérica

Segundo tipo de dor mais frequente na região do quadril (só perde para a osteoartrite), com incidência de um caso para cada dez corredores, a bursite trocantérica é a inflamação de uma saliência que fica sobre os músculos laterais do quadril, causada, sobretudo, por microtraumas repetitivos de contato. Essa fricção constante, gerada por excesso de treino, entre outros fatores, chega a degenerar os tendões de músculos e tecidos fibrosos que se inserem numa mesma área do fêmur, o grande trocânter. O conjunto de articulações do quadril junto a esse osso sustenta cada um de nossos passos ao caminhar e, mais ainda, as passadas durante a corrida — nesse caso, sofrendo impactos seis vezes maiores, o que torna a região da face lateral da coxa muito suscetível a lesões.
Somadas aos exageros, as exigências atléticas causam degeneração entre o quadril e um firme tendão que passa sobre o fêmur, inflamando uma ou mais bursas (bolsas com fluidos para amortecer o contato entre ossos, tendões e músculos) que cercam o trocânter maior do fêmur. Infladas, essas bursas engrossam e passam a secretar excesso de líquido, causando dor e inchaço local. Nos casos mais crônicos, cristais de cálcio se depositam na região, devido à alteração do pH local, levando à bursite trocantérica calcificada do quadril.
Quadril feminino
Além dos microtraumas, a principal causa da bursite trocantérica são os desvios posturais e as mudanças funcionais dos músculos do quadril. Essas mudanças alteram a angulação da coxa entre a bacia e o joelho, aumentando o chamado ângulo Q, formado pelo tendão do quadríceps da coxa e o ligamento patelar. As mulheres, especialmente depois dos 30 anos, por conta da  bacia mais larga, estão mais predispostas a sofrer esse desvio e, consequentemente, a desenvolver a bursite trocantérica, numa proporção de 4 por 1, comparada com os homens.
Ataque no início
As fortes dores da bursite trocantérica começam tímidas, piorando quando desprezadas, podendo tornar-se crônicas e evoluir para a chamada síndrome da dor miofascial, que causa fraqueza do quadril, levando à perda de mobilidade e a quedas. Portanto, ao primeiro sinal de dor, procure um médico.
• Traumas na região do quadril, desequilíbrios musculares, obesidade e desalinhamento das pernas
• Fricção por esforço repetitivo
• Aumento abrupto da carga de treinamento de corrida
• Uso de tênis inadequado
• Falta de alongamento e erros posturais permanentes
(Fontes: Dr. Lafayette Lage é ortopedista pela Escola Paulista de Medicina, com especialização em cirurgia do quadril, além de mestre em ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP e diretor da Clínica Lage, em São Paulo)
http://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/por-que-doi/bursite-trocanterica/

A corrida conserta o nosso corpo

Se você é daquelas pessoas que passam a maior parte do dia sentadas, você está “quebrando” o seu corpo. Se você costuma ficar parado em pé a maior parte do dia, também está “quebrando” o seu corpo. Este “quebrando” é uma maneira de dizer, de forma resumida, que o corpo está perdendo suas funções, suas habilidades e sua durabilidade. E um ótimo remédio para isso pode ser a corrida.
Quando ficamos muito tempo em pé, parados, exigimos uma contração mantida (isometria) de músculos fortes como panturrilhas e coxa por longos períodos. Esses músculos foram feitos para contrações rápidas e potentes, com fases de contração e relaxamento constantes. Mesmo que consigam ser utilizados por horas seguidas (em uma maratona ou trilha longa, por exemplo), só o conseguem por conta destas fases curtas de relaxamento.
Por esse motivo, costumamos sentir mais cansaço nas pernas quando ficamos parados em pé do que quando ficamos o mesmo tempo caminhando (ou até mesmo correndo!). Nestes casos, enquanto ainda estamos em pé, o músculo se cansa tanto que faz o corpo procurar uma posição que reduza sua contração, nos fazendo adotar posturas peculiares, como travar os joelhos para trás, encaixar a bacia para frente, jogar o peso para o lado forçando o quadril, etc.
Todas essas posturas geram tensões em ligamentos, tendões e músculos de forma desequilibrada, repercutindo no funcionamento das articulações e gerando compensações diversas que podem vir acompanhadas de tensões excessivas, dores e até lesões incapacitantes.
Agora, quando ficamos sentados a maior parte do dia, o problema é um pouco diferente. A posição sentada exige que deixemos o peso do corpo distribuído basicamente na bacia e na parte posterior das coxas. Quando se usa o encosto e/ou o apoio para os pés, o peso é ainda mais distribuído.
Mas nosso corpo não foi feito para ficar assim! Numa cadeira, ficamos com um ângulo entre a coxa e o tronco de quase 90 graus, joelhos geralmente dobrados, coluna lombar retificada (isso geralmente é um problema, acreditem), entre outras pequenas variações que vão totalmente contra a nossa anatomia.
Nossos glúteos, músculos extremamente potentes, se transformam em almofadas, que sentamos e amassamos. O resultado é a anulação da função de várias estruturas, pelo molde que nosso corpo começa a fazer na cadeira, sofá, poltrona, banco ou vaso sanitário.
Se eu pedisse para você amarrar o seu braço, mantendo seu cotovelo totalmente dobrado o dia todo, pode ter certeza que de noite, ao tentar esticá-lo, vai sentir um pequeno bloqueio e necessidade de esticar e dobrar algumas vezes até que a sensação normal retorne. Isso acontece pela capacidade que nossos tecidos possuem de se adaptar às posições que ficamos.
Ou seja, se um cotovelo começa a adaptação em apenas um dia, imagine durante horas, dias, meses e anos mantendo seu corpo sentado ou em pé parado com posturas inadequadas. O resultado disso seria um “corpo quebrado”. E como consertar? Uma das ferramentas está no parágrafo abaixo.
A corrida conserta o nosso corpo. É um exercício natural do ser humano. Pode ser considerada um movimento instintivo, que usamos desde os primórdios para caçar presas e fugir de predadores. Ou seja, fomos feitos para correr e, por isso, um dos melhores tratamentos para pessoas “quebradas” é a corrida.
Mas se você passa horas do dia sentado ou em pé parado e quer começar a correr, vá com calma. Sugiro que procure orientação antes, afinal, lembre-se que você perdeu algumas funções e por isso sua corrida não será do jeito ideal. Para isso, existem os treinos educativos e a preparação prévia antes de sair correndo quilômetros sem fim.
Para correr, precisamos estar alinhados. Todas as articulações se movimentam em amplitudes fisiológicas, utilizamos músculos de forma sincronizada e com controle de intensidade, permitindo fortalecer e melhorar a resistência do corpo, para que consiga se manter dessa forma (funcional) por cada vez mais tempo, conforme treinamos. E por este motivo, seja prazeroso ou extremamente chato, corra!

Os textos, informações e opiniões publicadas nesse espaço são de total responsabilidade do autor. Logo, não correspondem, necessariamente, ao ponto de vista do Ativo.com

Droga anti-envelhecimento começa a ser testada em humanos

Enganar a velhice é um sonho antigo. Mas, entre pílulas para manter a memória ativa e cremes de colágeno que prometem uma pele livre de rugas, a ciência ainda não encontrou a fonte da juventude - aquilo que vá retardar o envelhecimento, em vez de remediar ou disfarçar a coisa.
Agora, cientistas da Universidade de Keio, no Japão, estão chegando bem perto de descobrir algo assim - e quando a gente diz perto, é perto mesmo: a "fonte da juventude" vai ser testada em seres humanos no mês que vem.
A tal "fonte" não é mágica: é ciência pura, e seu poder vem de uma substância chamada mononucleotídeo de nicotinamida (NMN). Encontrada em vários alimentos comuns, como o leite, ela estimula a produção da sirtuína, enzima com uma função chave no envelhecimento: a preservação dos tecidos do corpo. Com a idade, o organismo vai perdendo a capacidade de fabricar essa enzima, então a ideia é usar o NMN para reativar essa produção.
Por enquanto, a substância só foi testada em ratos de laboratório, e os resultados foram animadores: a droga retardou os declínios naturais do metabolismo, manteve a energia, melhorou a visão dos bichinhos e diminuiu a intolerância à glicose - problemas que vão crescendo quando a gente envelhece.
Agora, o próximo passo é testar o NMN em humanos. A partir de julho desse ano, 10 voluntários saudáveis passarão algum tempo ingerindo a substância para ver se ela realmente é efetiva contra a velhice, e se há efeitos colaterais que não foram notados nos ratos. Se a substância passar no teste, será a primeira droga no mercado que retarda - e não só disfarça - o envelhecimento.
Mas a coisa não é tão simples. Apesar de o NMN servir como um elixir da vida para os ratos, os cientistas de Keio ainda não sabem se esse efeito se manterá nos humanos.
Como o organismo dos bichinhos é muito menos complexo do que o nosso, o máximo que os pesquisadores esperam é que o NMN ajude a retardar alguns aspectos da velhice em humanos - e não que ele pare totalmente o processo.
O teste será feito na Universidade de Keio, com a ajuda da Universidade de Washington. E se você acha que esse é mais um daqueles estudos que não vão para a frente, fique sabendo que ele é uma prioridade científica no Japão, onde a população local está envelhecendo depressa - em 2055, 40% dos japoneses terão mais de 65 anos.
Então, o objetivo é correr com as pesquisas para que elas possam beneficiar a população idosa crescente.

Treino em escadas: quando e por que fazer?

O treino em escadas é um grande aliado para quem busca a melhora de performance na corrida. Subir degraus pode ser considerado um exercício aeróbico que fortalece os membros inferiores, deixando músculos importantes para o movimento da corrida, das pernas e glúteos, fortalecidos. “Este tipo de treino é indicado quando o corredor busca melhorar a força e também o condicionamento físico. Deve ser utilizado em um momento específico da preparação para que não cause problemas dentro do ciclo proposto”, explica o treinador Leandro Sandoval.
Além dos ganhos citados, o treino em escadas também promove um alto gasto calórico. Outro benefício para os que gostam de disputar provas é que a resistência e a força adquiridas serão de grande valia quando o atleta tiver pela frente uma subida em uma disputa.
Esse tipo de treino pode ser praticado por qualquer tipo de pessoa, porém, quem sofre com algum problema físico deve ter cuidado redobrado. “Tanto para subir, quanto para descer, pessoas que têm qualquer tipo de problema articular ou lesão devem evitar esse tipo de atividade. Os demais devem analisar sempre junto ao seu treinador qual a melhor forma de executar e a quantidade ideal a ser feita”, recomenda o treinador.
Os maiores cuidados são com o nível de esforço e com o impacto. Por isso, é sempre recomendado fazer esse tipo de treino sob a orientação de um profissional.
(Fonte: Leandro Sandoval, treinador da assessoria esportiva Life Training.)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

5 MEIAS-MARATONAS MAIS BONITAS DO BRASIL

Planejar correr uma prova fora da sua cidade é uma excelente oportunidade para viajar e conhecer novos lugares. Melhor ainda é quando o destino escolhido traz belas paisagens e a oportunidade de relaxar e entrar em contato com a natureza. No Brasil, o que não faltam são opções de lugares assim, sejam eles no interior, em grandes cidades ou no litoral.
Como o ano está apenas começando, selecionamos cinco corridas que têm como destaque não apenas a boa organização, mas também o belo visual que oferecem aos atletas. Se você ainda não definiu seu calendário de provas de 2016, aproveite, pois ainda está em tempo de incluí-las na sua lista.
Desafio 28 Praias
A prova convida os atletas a desbravar nada menos que 28 praias do Litoral Norte de São Paulo, sendo 20 delas desertas. O percurso passa por lindas paisagens de tirar o fôlego e inclui trilhas, estradas de terra, areia fofa e dura, além de travessia de rio. Além do cenário, a prova se destaca pela boa infraestrutura da cidade, que possui boas opções em alimentação, hospedagem e turismo. Os atletas podem optar entre correr os 42 km (categoria solo ou revezamento), com largada na praia da Tabatinga, ou enfrentar o percurso de 21 km (solo), com largada na praia da Maranduba. A corrida ocorre dia 30 de abril de 2016.
Meia-Maratona das Cataratas
A corrida acontece no interior do Parque Nacional do Iguaçu, área de preservação ambiental, e tem um percurso caracterizado por uma paisagem de floresta e natureza exuberante. Ao chegar nos km 8 e 9, os corredores se deparam com um grande espetáculo, a grandiosidade das Cataratas do Iguaçu, eleita uma das 7 Maravilhas da Natureza. O nível de dificuldade da prova é considerado médio, com subidas e descidas leves. A data da edição de 2016 ainda não está definida, porém, segundo os organizadores, ela deve ocorrer em junho.
Meia de Floripa 
Uma corrida com clima ameno, altimetria perfeita e beleza por todos os lados. Com seu percurso à beira-mar, a Meia de Floripa é uma corrida muito bonita e perfeita para quem quer fazer sua primeira meia ou quer abaixar seu tempo na distância. A prova faz parte do Circuito 21k Sudamericano, que inclui Buenos Aires e São Paulo. Além da meia, provas de 10 km e 5 km também estão disponíveis. A meia-maratona está marcada para o dia 12 de junho.
Meia Maratona Internacional do Rio
O percurso de 21 km que liga São Conrado ao Aterro do Flamengo é considerado um dos mais bonitos do país, mas também um dos mais concorridos. É uma prova técnica e rápida, que tem como pano de fundo toda a beleza da orla carioca. Por conta disso, o evento atrai milhares de corredores do Brasil e do mundo, com destaque para a disputa entre os atletas de elite brasileiros e estrangeiros. Para os iniciantes, é oferecido um percurso de 5 km com largada e chegada no Aterro. A corrida acontece no dia 16 de outubro.
21K Noronha
A prova tem um percurso difícil, porém o esforço é compensado por um dos cenários mais paradisíacos do país. Parque Nacional Marinho desde 1988 e declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, Fernando de Noronha é um santuário ecológico que se destaca por sua beleza natural. Os atletas participantes têm pela frente toda a exótica beleza da região, com diversas praias, paisagens deslumbrantes, em um visual onde a natureza ainda prevalece. A data da edição de 2016 ainda não foi confirmada.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

3 dicas para ser mais veloz na meia maratona

O corredor que já está acostumado aos 21 km e almeja um melhor rendimento na distância, buscando ganhar velocidade, enfrenta o desafio de ajustar o novo volume de treino com esse objetivo. Por isso, o treinador Lucas Santos, da Lobo Assessoria Esportiva, listou algumas dicas que irão facilitar esse caminho.
Equilíbrio no treinoO treino para quem busca velocidade na meia maratona tem o acréscimo de mais tiros em meio aos famosos longões. É preciso saber equilibrar os dois tipos de exercício.
Os treinos de tiro em alta intensidade elevam a acidez, e é só a maior repetição desses treinos que fará o corpo se adaptar a esse fenômeno. “Isso irá melhorar a capacidade de tamponamento no músculo e no sangue, o que ajudará a diminuir o problema da acidez”, explica o treinador.
Lucas Santos ainda ressalta que essas adaptações resultarão na melhora do tempo em outras distâncias, como por exemplo nos 10 km. Consequentemente, isso contribuirá para a meia maratona, já que o corredor fará a metade da prova mais rapidamente que o habitual.
PosturaUma das formas de melhorar a corrida como um todo e, consequentemente, ganhar mais velocidade é acertar a postura. “Para aumentar a velocidade será preciso adotar uma postura mais ereta. Isso facilita a perna a girar mais e a deslocar o tronco para frente, o que dará mais velocidade”, diz o treinador.
TerrenoOs melhores lugares para o treino de velocidade são os planos. “Fazer tiros muitos intensos em terrenos esburacados ou inclinados lateralmente (ex: perto da guia) pode facilitar as chances de torção ou o aumento de sobrecarga em uma das pernas”, alerta Lucas Santos.
Uma das possibilidades mais seguras é treinar em pista de atletismo. O corredor não irá se preocupar com buracos, inclinações ou empecilhos que são comuns nas ruas. Caso seja inviável o treino em pista, o ideal é procurar um local que seja o mais plano e tranquilo possível.Por lucastornioli